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quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Na Antiguidade, havia casas de prostituição especializadas em felação

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Foto: ncrkhabar.com
Como disse ontem, descolei um livro sobre a história do erotismo. E hoje falarei sobre a famosa felação, “chupeta”, “mamada”, “boquete”, “blow job” ou qualquer outro apelido “carinhoso” dado ao sexo oral feito no homem. Não precisamos de Bill Clinton e Hugh Grant para saber que os homens curtem a parada, e faz tempo. O sexo oral deve ser tão velho quanto o mundo!
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E quem será a maior especialista de todos os tempos? Se não falha a memória, Linda Lovelace, a atriz que protagonizou Garganta Profunda, de 1972 (o longa, aliás, deve ser refilmado. Vi um reality show em que o diretor procurava atriz para o papel principal). Para quem não sabe do que se trata o filme, Linda, a protagonista, já tentou de tudo no sexo, mas não consegue atingir o orgasmo. Um médico descobre o problema: seu clitóris fica no fundo da garganta. Então ela parte em busca de um pênis grande o suficiente para lhe proporcionar prazer. Graças a Linda, várias pessoas que hoje têm entre 50 e 60 anos começaram a praticar o sexo oral. Antes do filme, a felação era ação secundária no cinema pornô.
Abre parênteses: Acabo de ler na Wikipedia que Linda se tornou ativista contra a indústria pornográfica, afirmando que seu primeiro marido, de quem se divorciou em 1973, a ameaçou de morte caso não participasse dos filmes em que atuou. Ela também escreveu um livro em que diz não ter recebido dinheiro algum pelo Garganta, que arrecadou mais de 600 milhões de dólares no mundo. Fecha parênteses.
Gregorio Morales, o autor do livro em questão, diz que Linda, com toda sua beleza e “elasticidade”, reviveu a felação e devolveu a ela a importância que há séculos havia sido tomada. Na Antiguidade, era uma prática apreciadíssima. Parece que as mais experts no assunto eram as fenícias e as espanholas de Cádiz. Havia, veja você, casas de prostituição especializadas em sexo oral e suas praticantes eram tão boas no que faziam que seus nomes eram famosos tanto quanto os de artistas e políticos. Até estátuas eram erguidas em seus nomes!!! “Murtiox chupa magnificamente”, escreveu um cliente romano na frente de uma dessas casas, agradecendo os serviços prestados. Sobre outra expert, Teletusa de Cádiz, diziam que era capaz de devolver o vigor até ao homem mais idoso e caído, no leito de morte…
Concebida hoje como preliminar, a felação já foi considerada um ato completo. E uma forma de punição: era aplicada como castigo aos ladrões (quem será que eles tinha quem chupar? A pessoa roubada?). Esse tipo de sexo oral agradava aos romanos, mas também aos gregos. Uma taça grega datada de 480 a.C. tem como desenho uma cortesão fazendo amor com dois jovens, e levando o membro de um deles à boca. Só que o fim da Antiguidade levou o blow job à ruína, que passou a ser considerado crime hediondo, digno de perseguição tal qual a sodomia. Tanto que praticamente foi erradicado da mente ocidental. Mas, como quase toda prática de nosso tempo, voltou com fervor na década de 60, com a revolução sexual. Babaca de quem ainda (no auge da segunda década do terceiro milênio) tem preconceito em relação à mulher que chupa.
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