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quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Revista acadêmica da UFRN publica estudos gays

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Aristóteles aconselha Alexandre, o Grande. Naquela época a relação homoafetiva não era vista com preconceito (Foto: Wikipedia)
Essa notícia veio para alegrar meu dia, para deixá-lo bem gay – no sentido literal da palavra. Hoje eu recebi um email com os artigos da última edição da Revista Bagoas, uma publicação semestral da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. O sexto número já está disponível para baixar. E isso é que é mais legal: seus artigos não ficam restritos ao mundo acadêmico, todos podemos ler, compartilhar e enriquecer o debate sobre o tema.
• Leia mais sobre LGBT
• Leia mais sobre pesquisa
• Leia o último post: Batizaram o iogurte, e você nem sabe com o quê…
A Bagoas se dedica aos estudos gays, ou seja, trabalhos e pesquisas científicas sobre “homossexualidades (gêneros e sexualidades), com destaque às reflexões sobre o homoerotismo, lesbianismo, transgêneros, conjugalidades, parentalidades homossexuais e identidades LGBTTs”.
O nome da revista é uma homenagem a Bagoas, dançarino eunuco que pertenceu à corte de Dario III e à de Alexandre, o Grande, no século IV. Segundo escrituras, ele era belíssimo e dançava como poucos. Era andrógino (com aparência e/ou comportamento sexual indefinido) e foi um dos cortesãos e amantes preferidos de Alexandre, o Grande. Historiadores acreditam que ele influenciou a forma de governar do imperador.
Esse nome não vem à toa, já que é carregado da cultura homoerótica da Antiguidade. Diferente de hoje, época em que infelizmente convivemos com o preconceito e, os homossexuais/bi/trans, com um estigma. Bagoas também lembra as possibilidades de gênero, da pluralidade do desejo, das multiplicidades do ser – uma outra forma de olhar para o diferente, e por que não para os iguais?
Interessou? Então clique aqui que temos muito o que aprender com esses estudos. Abaixo, alguns artigos que me chamaram a atenção. Comente o que achou, siga o Sexpedia no Twitter e curta nossa página no Facebook.
Macho e fêmea Deus os criou!? A sabotagem transmodernista do sistema binário sexual, por Lorenzo Bernini
Investigação epistemológica da homossexualidade feminina na obra de Freud, por Ricardo Lincoln Laranjeiras Barrocas
Dos direitos humanos ao direito constitucional: a questão das uniões homoafetivas, por Anselmo Peres Alós e Iva Peres Alós
Os vampiros saem do armário: um olhar antropológico sobre True Blood, por Camilo Albuquerque de Braz


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