A história mostra que deixar uma ditadura para trás é um processo lento, mas com desfecho acelerado. A massa nas ruas do Egito ruma para a abertura. O que ainda falta para chegar lá
José Antonio Lima, do Cairo. Com Eliseu Barreira Junior, Juliano Machado e Mariana Sanches
Confira a seguir um trecho dessa reportagem que pode ser lida na íntegra na edição da revista Época de 05 de fevereiro de 2011. |
Assinantes têm acesso à íntegra no Saiba mais no final da página. |
BASTA
Egípcios tomam a Praça Tahrir, no centro do Cairo, na sexta-feira 4. O prazo de validade da ditadura de Hosni Mubarak acabou
Egípcios tomam a Praça Tahrir, no centro do Cairo, na sexta-feira 4. O prazo de validade da ditadura de Hosni Mubarak acabou
Em resposta, grupos pró-Mubarak invadiram a praça e investiram contra os manifestantes. Por quase seis horas, pedras, bombas incendiárias e disparos de armas de fogo vinham dos dois lados. Homens montados em cavalos e camelos, com chicotes e pedaços de pau, atacaram os manifestantes anti-Mubarak. Em poucos minutos, foram derrubados de suas montarias e espancados. As imagens lem-bravam outros levantes brutalmente sufocados, como os protestos por abertura política na Praça da Paz Celestial, em Pequim, ou as manifestações contra a reeleição fraudada de Mahmoud Ahmadinejad no Irã, em 2009. Nesses dois casos, a repressão sobressaiu – e os regimes autoritários persistem. Ainda não está claro que caminho o Egito seguirá, mas parece claro que pelo menos a ditadura de Mubarak está perto do fim.
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