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sábado, 19 de maio de 2012

O ovo frito e o colesterol bom

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Aumentar o HDL reduz o risco de infarto? Essa é mais uma crença que se vai

CRISTIANE SEGATTO
CRISTIANE SEGATTO  Repórter especial, faz parte da equipe de ÉPOCA desde o lançamento da revista, em 1998. Escreve sobre medicina há 15 anos e ganhou mais de 10 prêmios nacionais de jornalismo. Para falar com ela, o e-mail de contato é cristianes@edglobo. (Foto: ÉPOCA)
Sim, eles conseguiram de novo. Mais uma vez a divulgação de um estudo científico nos faz pensar que, se a medicina é uma ciência de verdades transitórias, parece que ultimamente elas andam mais transitórias do que nunca. A ponto de ninguém mais saber no que e em quem acreditar.
Quem melhor traduziu a perplexidade do público diante da constante divulgação de contraditórias pesquisas médicas foi o escritor Luis Fernando Verissimo, na crônica Ovo, publicada há alguns anos. Por muito tempo, o ovo foi considerado um dos maiores vilões das artérias. Até que os cientistas mudaram de ideia. Quem, como Verissimo, reprimiu o prazer supremo de furar a gema de um ovo frito sobre um punhado de arroz, não foi indenizado.
Quase sempre as mensagens parecem contraditórias, mas são fruto do avanço do conhecimento. O melhor a fazer é respirar fundo, tentar entender e aceitar que a vida é feita de mudanças. Nesta semana, o colesterol voltou a nos confundir.
Durante décadas os médicos recomendaram um estilo de vida saudável (alimentação balanceada e atividade física) para elevar os níveis de HDL (o chamado colesterol bom). Quanto mais elevada essa fração de colesterol no sangue, menor seria o risco de aparecimento de doenças cardiovasculares.
Segundo essa teoria, amplamente aceita e divulgada, o HDL funcionaria como uma espécie de detergente das artérias. O impacto dele sobre o sistema cardiovascular seria tão grande a ponto de reduzir eventos como infarto e derrame. Nesta semana, uma pesquisa publicada na revista científica The Lancet demonstrou que a coisa não é tão simples assim.
Os cientistas não questionam o fato de que menos doenças cardiovasculares são identificadas no grupo de pessoas com altos níveis de colesterol bom. Isso foi comprovado por sucessivos estudos. A informação importante que o novo trabalho traz é que talvez o colesterol bom não seja o responsável por essa redução de risco.
Ou seja: a pessoa pode ter bastante colesterol bom e também ter baixo risco de sofrer um problema cardiovascular. Sem, no entanto, que um fato seja a causa do outro.
O trabalho liderado por Sekar Kathiresan, diretor do departamento de medicina preventiva do Massachusetts General Hospital e geneticista do MIT, foi baseado numa importante base de dados genéticos, composta por informações de mais de 100 mil pessoas.
Cada um de nós herda uma determinada combinação genética que determina a quantidade de colesterol bom que nosso organismo é capaz de produzir. É por isso que, independentemente do estilo de vida, algumas pessoas têm uma tremenda facilidade de produzir o bom colesterol ao longo da vida.
Os cientistas esperavam confirmar que os altos níveis de HDL fossem os responsáveis diretos pela redução do risco de infarto. Para a surpresa deles, não foi o que verificaram. O risco foi o mesmo nos dois grupos: entre as pessoas com a variação genética que garante maior produção de HDL e entre as que não têm essa variação.
O que isso significa para os pacientes? “O importante aqui é entender que elevar os níveis de HDL não é garantia de redução de risco de infarto”, afirma Kathiresan.
Ou seja: tomar remédios para elevar o HDL pode não fazer qualquer diferença. Alguns estudos clínicos em andamento estão demonstrando que medicamentos criados com o único fim de elevar o colesterol bom não são eficazes na tarefa de evitar um infarto e outras doenças cardiovasculares.
Quando os pacientes de Kathiresan perguntam o que fazer para aumentar seus níveis de colesterol bom, ele responde: “Menos colesterol bom significa que seu risco de infarto é maior. Mas aumentar o HDL pode não alterar esse risco.”
A tão propalada relação de causa e efeito entre colesterol bom e redução de infarto parece não existir. Mas é importante lembrar que outros problemas graves podem estar relacionados com baixos níveis de colesterol bom. Alguns deles: obesidade, sedentarismo, tabagismo, resistência à insulina.
Que esses quatro causam infarto e derrame ninguém questiona. Pelo menos por enquanto... O que podemos fazer, aqui do lado de fora dos laboratórios, é assumir o compromisso diário de comer melhor, espantar a preguiça e se respeitar antes de tudo.
(Cristiane Segatto escreve às sextas-feiras)
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sábado, 10 de março de 2012

Carne de jegue será exportada do Brasil à China

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Aumenta a procura por carnes exóticas em Salvador

Aumenta a procura por carnes exóticas em Salvador
Com a novidade de que a China vai exportar carne de jegue nordestino para indústria alimentícia, curiosidade sobre o que pode ser ou não consumido pelos humanos aumenta. Em Salvador, é cada vez mais comum restaurantes servirem carnes exóticas em seu cardápio. E a procura tem sido frequente. Saiba mais na Coluna Mercado.


 
Carne de jegue será exportada do Brasil à China
A notícia de que a China planeja comprar 300 mil jegues do Nordeste por ano destinados à alimentação, aguçou a curiosidade dos brasileiros sobre quais tipos de carnes exóticas são apropriadas para consumo humano. Se achamos comum a procura por codorna, bode, avestruz, em Salvador, também já é grande a procura por carne de jacaré, tatu, jibóia e paca, todas oferecidas em restaurantes da cidade. Esses animais, apesar de serem considerados caças pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama),estão livres para consumo quando oriundos de criatórios. Quem já provou carnes exóticas, compara a do jacaré ao do peixe, a do javali à do porco e comenta que a paca é uma das carnes mais saborosas do mundo. No entanto, nutricionistas e consumidores mostram preocupação quanto à técnica de criação e o controle que se deve ter sobre o animal destinado à alimentação.  A China abate 1,5 milhão de jegues ao ano, produzidos no país, na Índia e na Zâmbia. O processo envolve tecnologia de ponta, com melhoria genética, cuidados na produção de alimentos específicos e assistência técnica.
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sábado, 3 de março de 2012

De 0 a 10, índice do governo dá nota 5,4 à saúde pública no Brasil

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Só 1,9% da população vive em cidades com nota acima de 7,0.
Índice de Desempenho do SUS foi lançado nesta quinta pelo ministério.

Tai Nalon Do G1, em Brasília
Índice elaborado pelo governo revela que somente 1,9% da população brasileira vive nos 347 municípios cujos serviços públicos de saúde têm notas acima de 7,0, segundo o Índice de Desempenho do SUS (IDSUS), lançado nesta quinta (1) pelo Ministério da Saúde.
Observação: ao ser publicado, este texto informou que a meta estipulada pelo Ministério da Saúde para os municípios brasileiros era nota 7,0, segundo informaram técnicos da pasta em entrevista prévia ao anúncio do índice, na terça-feira (28). Nesta quinta, ao fazer o anúncio oficial, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirmou que não há meta. A alteração foi feita às 17h24.
A parcela dos que têm os melhores serviços públicos, segundo o índice, é menor que a dos 5,7 milhões de brasileiros que vivem nas 132 cidades com os piores serviços do Sistema Único de Saúde (SUS), isto é, com notas inferiores a 3,9. A média nacional resultante do índice é 5,4.
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Estresse muda a forma como tomamos decisões

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Ana Carolina Prado 1 de março de 2012
Estresse muda a forma como tomamos decisões
Já teve a impressão de que o estresse deixa você menos esperto e faz com que tome decisões ruins? Pois um estudo publicado na Psychological Science pode explicar o porquê. Pesquisadores da Universidade da Califórnia do Sul descobriram que situações estressantes mudam a forma como as pessoas avaliam riscos e recompensas.
O que acontece é que, surpreendentemente, prestamos mais atenção nos possíveis resultados positivos de nossas escolhas quando estressados, ignorando as desvantagens – o que pode levar a decisões das quais temos mais chance de nos arrepender depois.
Pense na situação: você quer trocar de emprego. Assunto estressante, certo? Se você tem uma nova oportunidade, pode acabar prestando atenção demais no salário maior e ignorando o fato de que levará o dobro do tempo para chegar ao local de trabalho.
“O estresse é geralmente associado a experiências negativas, de modo que nossa tendência é achar que pensaríamos mais nos aspectos negativos de nossas decisões”, diz Mara Mather, uma das autoras do estudo. Mas experimentos que levaram a situações de estresse, como ficar com a mão na água gelada por alguns minutos ou dar uma palestra, mostraram que ocorre o oposto: os aspectos positivos dominam.
Vícios
O foco nos pontos positivos também ajuda a explicar por que o estresse desempenha um papel tão importante em relação aos vícios. Dá para entender melhor, por exemplo, por que pessoas viciadas têm tanta dificuldade para controlar seus impulsos. Elas provavelmente pensam mais nos efeitos agradáveis do vício e ficam menos capazes de resistir a eles.
O estresse também aumenta as diferenças na forma como homens e mulheres encaram situações de risco. Enquanto os homens se tornam mais dispostos a se envolver em situações arriscadas, as mulheres são mais conservadoras.
Via Medical Xpress.
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sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Dieta com leite emagrece mais, diz estudo

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Independente da dieta, os participantes de um estudo israelense que consumiram mais laticínios ao longo de dois anos perderam mais peso
REdação Época
sxc.hu
O leite ajuda a emagrecer, mas há médicos que dizem que não devemos ingeri-lo
O ser humano é o único animal que bebe leite depois de adulto – e leite de vaca. Esse hábito é muito polêmico e existem várias correntes médicas que dizem que o homem não deve consumir leite porque nosso organismo não tem como metabolizá-lo. Uma nova pesquisa sobre emagrecimento publicada na atual edição do American Journal of Clinical Nutrition vai esquentar a discussão. Segundo um estudo da Universidade Ben-Gurion de Negev, em Israel, pessoas em regime de emagrecimento que consumiram leite ou derivados perderam mais peso do que aquelas que consumiram pouco ou nenhum laticínio.
Independente da dieta, os pesquisadores descobriram que as pessoas com o maior consumo diário de cálcio, cerca de 580 miligramas (aproximadamente um copo e meio de leite), perderam cerca de cinco quilos e meio em dois anos (ou 12 libras). Em compensação, aquelas com baixa ingestão de cálcio, de 150 miligramas por dia, ou cerca de meio copo de leite, perderam na média pouco mais de três quilos (sete libras).
Além do cálcio, os pesquiasdores também descobriram que a vitamina D afeta o sucesso da dieta. Os níveis dessa vitamina aumentaram entre as pessoas que perderam mais peso. Este estudo confirmou o resultado de um anterior, que diz que o nível de vitamina D em pessoas com excesso de peso é menor. Ela aumenta a absorção de cálcio pelo sangue e, além da exposição solar, pode ser obtida a partir de leite fortificado, peixes gordos e ovos.
Mais de 300 homens e mulheres com excesso de peso, com idade entre 40 e 65 anos e fazendo dietas de baixo teor de gordura, baixo teor de carboidrato ou Mediterrânea, participaram da avaliação por dois anos. O estudo faz parte de um programa de controle em alimentação conduzido pelo Centro de Pesquisa Nuclear de Negev, Israel.
De acordo com Dr. Danit Shahar, que liderou o estudo, sabe-se que pessoas com sobrepeso tem menores nívels de vitamina D no sangue, mas este é o primeiro estudo que mostra que essa vitamina aumenta entre as pessoas que perdem peso. "O resultado desses dois anos de pesquisa se dá indepentedente da dieta seguida, de baixo teor de carboidrato, de gordura ou a Mediterrânea", diz Shalar.
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quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Ômega-3 protege mesmo o coração?

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Um novo estudo com pacientes que já sofreram ataque cardíaco mostra que o ômega-3 pode ter menos influência sobre o risco de doenças cardiovasculares do que os pesquisadores haviam pensado
REDAÇÃO ÉPOCA
sxc.hu
Ômega-3 pode não funcionar contra um segundo ataque do coração
Os alimentos ricos em ômega-3, como peixes de água fria (o salmão, por exemplo), linhaça e algumas nozes, sempre foram recomendados no combate a doenças cardíacas e na redução do mau colesterol. Mas um estudo recente pode tirar estes alimentos da lista de fontes de gordura saudável.

Uma pesquisa holandesa com pessoas que sobreviveram a infartes mostrou que as que passaram a ingerir ômega-3 após o acidente tiveram o mesmo risco de um segundo problema cardiovascular do que as que não tiveram uma dieta suplementada pela gordura. O estudo envolveu 4.837 homens e mulheres que foram submetidos a tratamentos para doenças do coração com medicamentos para reduzir o colesterol e contra a hipertensão. Seu resultados foram publicados no New England Journal of Medicine e no site da revista Time.
Os membros do grupo experimental comeram, todos os dias durante três anos, 3 xícaras de chá de margarina enriquecida de ômega-3. Isso equivale a 400 mg adicionais da gordura insaturada diariamente. Estes pacientes, no entanto, não tiveram nenhuma redução de risco cardíaco em relação aos que ingeriram placebo – uma margarina sem adição de ômega-3.
Os resultados supreenderam os cardiologistas, que acreditavam que o aumento da ingestão do ômega-3 diminuísse os riscos de um segundo infarte. As gorduras insaturadas, que até então eram consideradas auxiliadoras na redução dos níveis de triglicérides e placas de gordura nas veias e artérias, são conhecidas por serem um substituto saudável para a gordura animal das carnes e laticínios, saturadas. Mas os autores do estudo pontuaram que os voluntários foram tratados depois de um primeiro acidente vascular. Além disso, cerca de 85% deles tomaram medicamentos para diminuir o colesterol e controlar a pressão arterial. Essas terapias são poderosas e podem ter levado os pacientes a um risco menor de se envolverem em um segundo evento cardíaco. Os pesquisadores também argumentam que uma pesquisa de três anos pode não ter sido longa o suficiente para registrar reduções do risco cardíaco que possam ser atribuídas somente ao ômega-3.
Esse estudo não deve desencorajar a substituição da gordura animal por ômega-3, segundo Alice Lichtenstein, professora de nutrição da Tufts University e porta-voz da Associação Americana do Coração. "Nós ainda não sabemos se há benefícios do ômega-3 na prevenção primária (de população saudável). Eu não sei se esse estudo tem necessariamente que resultar em uma mudança nas recomenações atuais", diz. Ela concorda, no entanto, que são necessárias mais pesquisas para determinar qual o papel do ômega-3 na prevenção do risco cardíaco em pessoas que ainda não sofram de doenças do coração ou em que já sofreu infarte, mas não esteja submetido a tratamentos para o controle dos riscos – diferente dos voluntários que participaram do estudo.

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domingo, 22 de agosto de 2010

Parar de pensar em cigarro não ajuda o tratamento do vício

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DÉBORA MISMETTI
EDITORA-ASSISTENTE DE SAÚDE
Assim como acontece com uma música grudenta, que não para de tocar dentro da cabeça mesmo quando se tenta "virar o disco" à força, não há fórmula mágica para esquecer o cigarro.
Psicólogos ingleses publicaram na revista "Psychological Science" uma pesquisa que testou a surrada estratégia de quem tenta parar de fumar: pensar em qualquer coisa que não seja cigarro.
Entre três grupos de fumantes, um deles deveria reprimir todos os seus pensamentos sobre o cigarro. Outro foi encorajado a pensar sobre o fumo e a se expressar sobre isso também.
Resultado: na segunda semana do experimento, na qual tentaram não pensar no cigarro de propósito, as pessoas realmente fumaram menos. Foram 116 cigarros em média para cada um.
Mas, na semana seguinte, fumaram ainda mais (123) do que na primeira, quando o consumo médio do grupo era de 121 cigarros.
TIRO PELA CULATRA
Para os autores, os resultados sugerem duas conclusões. A primeira é que o bloqueio de pensamentos incômodos tem um efeito contrário. Há um sucesso temporário, mas a estratégia se revela um tiro pela culatra.
O nível de estresse das pessoas que deveriam reprimir pensamentos subiu muito durante a semana em que essa tarefa lhes foi imposta.
A segunda conclusão é que a redução temporária do número de cigarros durante essa semana de supressão de pensamentos leva as pessoas a acreditar que esse método é eficaz, reforçando um comportamento que pode ser prejudicial para o objetivo.
Segundo a psicóloga Sílvia Cury Ismael, do programa de assistência integral ao fumante do HCor, a repressão não ajuda mesmo. O melhor é tentar tirar o fumante do piloto automático e ajudá-lo a avaliar os motivos que o levam a acender o cigarro.
"Usamos a técnica do adiamento. Quando ele vai pegar o cigarro, pedimos que espere mais cinco ou dez minutos, para que a vontade passe. Nisso, ele acaba demorando mais para acender o próximo e vai reduzindo a quantidade de cigarros fumados por impulso", afirma.
Juliana Moysés, psicóloga do programa PrevFumo da Unifesp, diz que o importante é treinar o fumante para lidar com as situações em que ele recorre ao cigarro, como momentos de estresse ou quando bebe, por exemplo.
"Treinamos a habilidade para enfrentar dificuldades. Ensinamos técnicas de confronto de pensamentos, não de repressão." Se o pensamento no cigarro emerge, a pessoa deve lembrar que por mais que ele tenha sido importante antes, seu papel é só figurativo, não resolve.

Editoria de Arte/Folhapress
IDEIA FIXA Tirar o cigarro da cabeça acabou tendo efeito contrário nos fumantes
Estratégia de "apagar a ideia" funciona por pouco tempo e, depois, surte efeito contrário, mostram psicólogos
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quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Medicina tradicional chinesa pode ajudar pacientes em quimioterapia

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Remédio feito com flores de peônia e escutelária e seiva de árvore pode ajudar pacientes em tratamento contra o câncer
redação época, com agência EFE
luciana haaland
A flor de peônia é um dos ingredientes do remédio que pode ajudar pacientes em quimioterapia
A medicina tradicional chinesa pode ajudar a reduzir os efeitos secundários nos pacientes de câncer que recebem quimioterapia, segundo um estudo publicado hoje na revista Science Translational Medicine. O estudo afirma que um antigo remédio conhecido como Huang Qin Tang, feito com flores de peônia e escutelária e a seiva de uma árvore para tratar vômitos e diarreia, pode ajudar estes pacientes.

Yung-Chi Cheng e Wing Lam, da escola de Medicina da Universidade de Yale, junto com a companhia farmacêutica PhytoCeutica, criaram um remédio que ainda está em fase de testes, mas que obteve sucesso em ratos. O composto preparado no laboratório mostra os efeitos curativos desta mistura de plantas para atacar numerosos processos biológicos em animais com câncer tratados com quimioterapia.

Os pesquisadores sugerem que "o enfoque dado ao tratamento dos efeitos secundários da quimioterapia ou de doenças complicadas não é suficiente". Segundo Cheng, o uso de plantas medicinais junto a substâncias químicas mais modernas "poderia levar ao desenvolvimento dos remédios do futuro".

Após dias de tratamento com o remédio de laboratório, os cientistas observaram que o dano no intestino dos ratos tinha sido restaurado. A equipe descobriu também que as moléculas de sinalização das células-tronco - conhecidas como Wnts - estavam presentes em níveis mais altos que o normal no intestino dos ratos tratados.

A descoberta foi que o remédio por si só não simula a sinalização das Wnt, mas, ao misturá-lo com uma enzima bacteriana comum no intestino, desencadeou a reação que gera a substituição de células-tronco intestinais danificadas por outras saudáveis.

A sinalização das células é parte do processo da atividade celular, que é fundamental para o funcionamento correto de um organismo. O processo é um complexo cruzamento no qual células enviam sinais a outras e estes sinais provocam uma resposta fisiológica nas que os recebem e, portanto, uma mudança na atividade celular.

Os cientistas descobriram que, além de ajudar a repor as células intestinais saudáveis, a medicina de ervas evitou o movimento de células inflamatórias no intestino e reduziu sua inflamação. Os resultados sugerem que a medicina tradicional chinesa pode trazer novas oportunidades para desenvolver novos remédios. "A combinação de quimioterapia com as propriedades das ervas é uma simbiose entre as tentativas do Oriente e do Ocidente de tratar o câncer", disse Cheng.
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Pesquisa mostra que mães não sabem alimentar seus bebês

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GABRIELA CUPANI
DE SÃO PAULO
A maioria das mães não sabe alimentar seus bebês, o que aumenta o risco de carências nutricionais e de doenças crônicas no futuro. A conclusão é de uma pesquisa feita pela Universidade Federal de São Paulo.
O estudo avaliou quase 200 bebês de todas as classes sociais, com idades entre quatro e 12 meses. Deles, metade já não recebia aleitamento materno exclusivo.
A idade média de introdução da mamadeira foi três meses. Recomenda-se o aleitamento materno exclusivo até os seis meses de vida.
Outro problema apontado pelo estudo é o alto consumo de leite de vaca integral, contraindicado antes de a criança completar um ano.
Além de não possuir a quantidade necessária de nutrientes essenciais ao bebê, o leite de vaca expõe a criança ao risco de alergias. Para piorar, muitas mães adicionam açúcar, achocolatados e cereais à bebida.
O leite de vaca também facilita o aparecimento da anemia, por sua baixa quantidade de ferro em relação ao leite materno, o que leva a comprometimentos cognitivos e emocionais da criança.
Dos bebês avaliados, apenas 12% dos menores de seis meses e 6% dos maiores recebiam as fórmulas infantis à base de leite apropriadas para a faixa de idade.
Ainda assim, poucas mulheres sabem prepará-las: apenas 23% das mães fazem a diluição correta. Quando a proporção não está na medida certa, há risco de diarreia, desidratação e de falta de nutrientes.
"JUNK FOOD"
A pesquisa também revelou que as crianças recebem muito cedo alimentos inadequados, como doces industrializados, biscoitos recheados e até refrigerantes.
Esses alimentos têm alto teor de gorduras e açúcares, o que predispõe à obesidade. Em contrapartida, recebem pouca quantidade de frutas, verduras e legumes.
"Há um descontrole nas famílias, são pais e mães que descuidam da própria alimentação", analisa a pediatra e nutróloga Roseli Sarni, uma das autoras. "Há muita desinformação."
"É um problema grave e a realidade provavelmente é ainda pior", acredita Ary Lopes Cardoso, chefe da unidade de nutrologia do Instituto da Criança da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.
Para elaborar o cardápio dos filhos, a grande maioria das mães (67,7%) segue sua própria experiência ou de sua família. As orientações passadas pelo pediatra ficam em segundo plano.
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sexta-feira, 30 de julho de 2010

Como lidar com os distúrbios mentais na infância

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João*, de 8 anos, não sorria para os familiares, não gostava de contato social e era agressivo com os pais. Conheça a história da mãe que teve de aprender a amar seu filho
Eliseu Barreira Junior
Os craques santistas Neymar, Paulo Henrique Ganso e Robinho são os três ídolos de João*, de 8 anos. Assim como muitos garotos da sua idade, ele adora futebol e toda semana se reúne com os coleguinhas de escola para jogar uma "pelada". "Sou meia-atacante", diz orgulhoso. Na vida de João, porém, o esporte é mais que uma paixão ou divertimento. É uma forma dele se socializar e superar as dificuldades de um grave transtorno de desenvolvimento que já trouxe muita preocupação para sua mãe, a engenheira química Cláudia*.

O filho tão desejado por Cláudia nasceu em um parto complicado. Por causa disso, ele teve de ficar internado durante dez dias antes de ir para casa com a mãe. Conforme crescia, João demonstrava um comportamento pouco comum: não sorria para os familiares, não gostava de contato social, era agressivo com os pais sem motivo, não reagia afetivamente e não falava. Para a família, tudo aquilo parecia natural, coisa de criança. Até que, ao completar 1 ano e 8 meses, ele passou a frequentar um berçário. No ambiente escolar, ficou evidente que havia algo de errado: João batia nas outras crianças, não gostava das professoras e evoluía de modo incompatível com a sua idade. Os profissionais do berçário recomendaram então que Cláudia procurasse ajuda médica.

Levado a um psicólogo, foi constatado que João apresentava traços de uma criança autista, apesar de não ter autismo. O diagnóstico: Transtorno Global do Desenvolvimento. Sob o nome, estão incluídos graves distúrbios emocionais e transtornos relacionados à saúde mental infantil. "Os problemas dessas crianças não vêm necessariamente de uma debilidade intelectual nem de uma debilidade física", afirma Maria Cristina Kupfer, professora do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (IP-USP) e estudiosa da psicose e autismo infantis há mais de vinte anos. "Seus problemas vêm de uma falha precoce no estabelecimento da relação com os outros."

Isso quer dizer que, para crianças como João, a construção do psiquismo voltado para o convívio social não se fez convenientemente. Nosso psiquismo (ou nossa personalidade) é construído para ser um instrumento de relação com os outros, uma espécie de porta aberta para o mundo. "A falha nesse processo é resultado das dificuldades, acidentes, entraves ou impasses ocorridos durante o processo de estruturação subjetiva da criança", diz a psicanalista Enriqueta Nin Vanoli, da equipe multidisciplinar da Associação Serpiá (Serviços Psicológicos para a Infância e Adolescência), de Curitiba (PR).

A análise do histórico de vida de João pode ajudar a entender como o problema se desenvolveu. Cláudia conta que o fato do menino não corresponder aos carinhos que recebia ainda bebê, evitar o seu olhar e não esboçar nenhum tipo de sentimento criou uma barreira entre ambos. Ela sonhara com um modelo ideal de criança a que João não correspondia. A frustração impedia uma proximidade, uma relação genuína de mãe e filho. "Era como se o João fosse uma criança qualquer. Apesar de estar ao seu lado fisicamente sempre, não conseguia me aproximar emocionalmente. Ele cresceu isolado de mim", afirma. Cláudia acredita que o problema no parto, de certa forma, criou uma ferida psicológica que marcou o garoto. "A verdade é que eu também tinha dificuldade de amar meu filho, talvez pelo meu histórico familiar. Cresci num ambiente em que as pessoas eram muito fechadas. Costumava me julgar uma pessoa carinhosa, mas dar carinho é diferente de dar amor."

O relato de Cláudia revela dois elementos que os especialistas costumam notar em casos em que o Transtorno Global de Desenvolvimento é diagnosticado. Em primeiro lugar, há uma enorme dificuldade para os pais aceitar o não-olhar dos filhos, interpretado como falta de afeto por parte da criança. Em segundo lugar, o problema sempre envolve o menor e o adulto responsável por sua criação, ou seja, ele não pode ser concebido como um fenômeno que acontece com somente uma pessoa. “É preciso tomar cuidado, porém, para não culpar os pais, porque são coisas que não costumam passar pela consciência deles”, diz Jussara Falek Brauer, professora aposentada e coordenadora do Laboratório de Estudos e Pesquisas Psicanalíticas dos Distúrbios Graves na Infância do IP-USP. “A criança pode estar respondendo a algo de errado que está na mãe e que, às vezes, nem a própria mãe sabe que tem. Só por meio de análise é possível descobrir o que está acontecendo.”

Um estudo epidemiológico feito em 2008 pelo pesquisador americano Myron Belfer mostrou que até 20% das crianças e adolescentes sofrem de algum transtorno mental grave. Se for considerado o espectro autístico, pode-se falar em uma criança em cada 150, de acordo com a agência Centers for Disease Control e Prevention (ou CDC), do departamento de saúde e serviços humanos dos Estados Unidos. A Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta uma taxa de 12% a 29% de prevalência de transtornos mentais na infância. De forma geral, a incidência de distúrbios como o de João é maior em meninos do que em meninas. Diagnosticar problemas psiquiátricos em crianças, no entanto, costuma ser difícil. "A partir de seis meses de idade, uma criança já pode mostrar sinais de autismo, como o não-olhar para a mãe, mas isso isoladamente não quer dizer que ela vá se tornar autista", afirma Maria Cristina. "É muito perigoso pegar um rótulo e colocar num bebê, porque ele vai procurar responder àquilo que todo mundo está falando que ele tem", diz Jussara.

Daí a necessidade de um diagnóstico feito por profissionais especializados. "Um bom acompanhamento médico é fundamental. Ele envolve um trabalho que deve considerar uma série de fatores, além da sutileza e singularidade de cada caso", diz Enriqueta. Foi o que aconteceu com João. Após a primeira consulta médica, ele já começou um tratamento que buscava reatar o diálogo perdido com os outros. Sua mãe também passou a se consultar com a mesma psicóloga responsável pelo acompanhamento do filho. "Nas sessões, eu aprendi como superar as minhas dificuldades de relacionamento com ele", afirma Cláudia.

Trabalhar a mãe e a criança com o mesmo profissional, mas em sessões individuais, é um dos segredos para o sucesso do tratamento. "Esse trabalho conjunto vai na direção da reconstituição da história familiar. A partir dele, tenta-se desfazer o emaranhado que cria problemas para a criança", afirma Jussara. A experiência da professora da USP mostra que 90% dos 105 menores que atendeu ao longo de sua pesquisa clínica na universidade deixaram de apresentar os sintomas que os levaram ao médico pela análise e correção do que havia de errado entre mãe e filho.

Seis anos após o início do tratamento, João leva hoje uma vida normal. Ele vai a uma escola comum – João está na segunda série do ensino fundamental de um colégio particular de São Paulo – , estuda inglês e, além de futebol, pratica natação e capoeira. Agora, convive bem socialmente, não se isola mais, gosta de conversar e qualquer dificuldade que tem recorre à ajuda da mãe. "Ele aprendeu a expressar muito bem o que sente. O distanciamento que existia antes acabou", diz Cláudia. Como João demorou para desenvolver seu lado social, o menino ainda apresenta algumas reações que não são adequadas, como querer exclusividade quando está brincando com um amiguinho.

Para mudar comportamentos como esse, ele frequenta duas vezes por semana a Associação Lugar de Vida, dedicada ao tratamento e à escolarização de crianças psicóticas, autistas e com problemas de desenvolvimento. Localizado no Butantã, na zona oeste de São Paulo, o Lugar de Vida iniciou suas atividades em 1990 como um serviço do Departamento de Psicologia da Aprendizagem, do Desenvolvimento e da Personalidade do IP-USP. Lá, João participa de Grupos de Educação Terapêutica (GETs) com outras crianças. Há dois focos de trabalho nos GETs: o primeiro compreende atividades como movimentação em brinquedos de grande porte, corridas, jogos de pátio com regras simples, encenação de pequenas peças, aprendizado de músicas e escuta de relatos de histórias – atividades, em geral, de cooperação grupal para o desenvolvimento do laço social; o segundo foco é na escrita e compreende atividades para o desenvolvimento do desenho, do grafismo e da superação das dificuldades de alfabetização. Para os pais, há uma reunião uma vez por semana em que eles podem conversar sobre os problemas dos filhos com a mediação de uma psicóloga. Nos encontros, compartilham suas dúvidas, obtêm esclarecimentos e trocam experiências."É bom participar desse tipo de reunião porque a gente percebe que não está sozinha nisso", afirma Cláudia.

Contar com o auxílio de bons profissionais e abraçar o problema para superá-lo – sem buscar um culpado – foram os principais elementos para a melhora do filho, segundo Cláudia. “Se o pai e a mãe não estão ali para ajudar, nada adianta. No começo, eu e meu marido ficamos muito atormentados com o que estava acontecendo, e juntos conseguimos enfrentar a situação”. A mãe coruja diz que João já sabe o que quer ser quando ficar mais velho: jogador de futebol do Santos, seu time do coração. O menino que antes não sabia se relacionar se apaixonou por um esporte em equipe e ensinou sua mãe a amá-lo.

* Os nomes foram trocados para preservar a identidade do menor e da mãe
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BAHIA SEDIARÁ FÓRUM INTERNACIONAL DO CHOCOLATE

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A Bahia vai sediar, no ano que vem, pela primeira vez, a versão brasileira do ‘Salon du Chocolate’, que acontece todos os anos em Paris. O Fórum Internacional do Chocolate trará ao estado os maiores e mais famosos chocolateiros da Europa. Leia mais na Coluna Infoinveste!
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Proteína recupera lesão em medula de ratos

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Estudo da Universidade Federal do Rio de Janeiro descobriu os efeitos regenerativos de uma proteína sobre ratos paraplégicos
Redação Época, com Agência Estado
sxc.hu
Uma proteína existente na placenta pode ajudar na regeneração medular
Uma proteína extraída da placenta humana pode dar esperança a pessoas que sofreram lesões medulares. Pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro testaram o efeito da laminina polimerizada e os resultados demonstraram um efeito anti-inflamatório e regenerativo que permitiu a recuperação do movimento de ratos paraplégicos. A próxima etapa do estudo, dissertação de mestrado de Karla Menezes orientada pela bióloga Tatiana Coelho-Sampaio, é partir para pesquisa com pacientes, o que deve demorar pelo menos dois anos.

A laminina polimerizada – ou polilaminina – aparece no sistema nervoso central durante o desenvolvimento embrionário e a equipe conseguiu reproduzi-la em laboratório. Os ratos sofreram lesão completa da medula, o que resultou na perda dos movimentos das patas traseiras. Depois, os animais passaram por testes, nos quais receberam notas de 0 a 21, em que 0 representa a ausência de movimentos e 21, funções motoras preservadas.

Os animais não tratados passaram, após oito semanas, à escala 4. Os que receberam a proteína receberam nota 9. A equipe foi surpreendida com o efeito anti-inflamatório: a polilaminina reduziu o edema no local da lesão.
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sábado, 24 de julho de 2010

Viva melhor com menos sal

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Com pequenas mudanças na dieta e os novos produtos da indústria, é possível vencer a hipertensão sem abrir mão de comer bem – e com prazer
Marcela Buscato, Francine Lima e Celso Masson
Confira a seguir um trecho dessa reportagem que pode ser lida na íntegra na edição da revista Época de 26/julho/2010.

Assinantes têm acesso à íntegra no Saiba mais no final da página.

A humanidade parece ter um problema recorrente com o sal. Em seus primórdios, na África, os ancestrais do Homo sapiens lutavam contra a escassez dessa substância essencial ao organismo humano. No sal encontra-se o sódio, elemento químico crucial para o metabolismo das células. Sem sódio, não haveria vida como a conhecemos. Por ele ser importante, e difícil de obter na natureza, a evolução dotou o corpo de mecanismos extremamente eficazes para reter o sal. Cada vez que um caçador obtinha sal por meio do sangue e dos órgãos dos animais ou pela ingestão de algum vegetal rico em sódio, o corpo se agarrava a ele com tenacidade. A máquina orgânica foi aprimorada nas savanas africanas para que o suor, a urina e as fezes eliminem quantidades mínimas de sal. O objetivo da natureza é preservá-lo dentro do corpo. Mas as circunstâncias mudaram radicalmente.

  Reprodução 


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terça-feira, 20 de julho de 2010

Gel que reduz contágio do vírus HIV anima especialistas

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O gel, que foi testado na África do Sul em 2007 e contém a substância tenofovir, um antirretroviral, reduziu 39% dos contágios
Agência EFE
Especialistas que atuam no combate à Aids demonstraram empolgação e esperança com o anúncio da elaboração de um gel vaginal microbicida que poderia reduzir o contágio do vírus HIV nas relações sexuais.
"Este é um dia histórico na pesquisa para a prevenção do HIV. Esta é a primeira pesquisa que mostra provas de que um gel microbicida pode ajudar a prevenir o contágio do HIV por via sexual", disse Mitchell Warren, diretor-executivo da Aliança para uma Vacina Contra a Aids, uma rede de organizações que lutam contra a pandemia, em Viena.

O gel, que foi testado na África do Sul em 2007 e contém a substância tenofovir, um antirretroviral, reduziu 39% dos contágios, em média, nas mulheres que o aplicaram 12 horas antes e 12 horas depois da relação sexual. "Pela primeira vez, vimos resultados em um teste de prevenção do HIV iniciado e controlado por mulheres. Caso se confirme, um microbicida pode ser uma poderosa opção para revolucionar a prevenção e ajudar a romper a trajetória da epidemia", afirmou o diretor-executivo do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids), Michel Sidibé, em comunicado.

Há no mundo 33,4 milhões de soropositivos, dos quais a imensa maioria vive na África Subsaariana, onde há 22,4 milhões pessoas com a doença.

A Aids é a principal causa de morte na África, o continente com maior número de pacientes da doença. As mulheres representam mais de 60% dos soropositivos na África Subsaariana.

"Todos os novos avanços na prevenção do HIV, particularmente para as mulheres, são animadores. Esperamos ver os resultados confirmados. Assim que se estabeleça que é seguro e eficaz, a OMS (Organização Mundial da Saúde) tratará de acelerar o acesso a este produto", assegurou em comunicado Margaret Chan, diretora geral da entidade.

Outros ativistas pedem que, caso os resultados positivos venham a ser confirmados, os testes sejam acelerados ao máximo para que o produto possa ser comercializado o mais rápido possível. "Este é um dia importantíssimo", afirmou Yasmin Halima, diretora da Campanha Global para Microbicidas. "Agora temos provas de que um gel vaginal pode ajudar a prevenir o HIV. É uma excelente notícia para as mulheres e para a ciência", ressaltou Halima.
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quarta-feira, 14 de julho de 2010

A dentista que desafia o autismo

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Crianças autistas costumam receber anestesia geral quando precisam cuidar dos dentes. Como Adriana Zink consegue fazer diferente
CRISTIANE SEGATTO
Filipe Redondo/ÉPOCA
OLHOS NOS OLHOS
Adriana e Juca no consultório montado na quadra da escola de samba Unidos de Vila Maria. Brinquedos a ajudam a estabelecer contato visual com os autistas

  
Reprodução
Num consultório modesto no bairro do Tucuruvi, na Zona Norte de São Paulo, a dentista Adriana Gledys Zink atende pacientes especiais. Muito especiais. Ela se dedica aos autistas. Não apenas aos autistas mais colaborativos – aqueles que falam, estudam e podem até chegar ao mestrado. Adriana também socorre, de uma forma inusitada, os chamados autistas de baixo funcionamento. Aqueles que não falam, usam fralda e, quase sempre, são violentos.
Entre seus pacientes, há a mulher de 35 anos que arrancou um pedaço da bochecha da fonoaudióloga com uma mordida. Há também o menino que mastigou a falange do dedo da irmã. E ainda o pré-adolescente que arrebentou os dentes frontais da mãe. Como, então, Adriana consegue conduzi-los até a cadeira, fazer com que abram a boca e aceitem receber uma limpeza, uma restauração ou até mesmo a extração de um dente comprometido?
“Adriana é nossa encantadora de autistas”, diz Waldemar Martins Ferreira Neto, um dos sócios da Associação Paulista de Cirurgiões-Dentistas (APCD). “Ela tem um dom especial. Às vezes ninguém consegue controlar uma criança, mas ela se acalma quando Adriana faz contato.” Não há mágica nessa história. Há um inspirador exemplo de dedicação. Em 2003, Adriana decidiu fazer especialização em pacientes especiais na APCD porque se comoveu com a situação das famílias. “Mesmo quem pode pagar não encontra dentistas dispostos a cuidar de autistas”, diz.
Quando precisa de atendimento odontológico (mesmo que seja uma simples limpeza), a maioria dos pacientes é internada num hospital para receber anestesia geral. Adriana decidiu tentar fazer diferente. Passou a frequentar reuniões de famílias de autistas, estudou os métodos de aprendizagem disponíveis e conseguiu adaptar algumas técnicas para a odontologia. Sua principal inspiração foi o método Son-Rise, criado nos Estados Unidos nos anos 70 pelos pais de um autista. A história dessa família foi retratada no filme Meu filho, meu mundo. O método incentiva os pais e os terapeutas a observar as preferências dos autistas e usá-las como recursos de aprendizagem. Outro método usado pelas famílias é o Sistema de Comunicação por Troca de Figuras (Pecs, na sigla em inglês). Por meio de figuras, a criança aprende a comunicar suas necessidades e a entender que uma atividade acabou e outra vai começar.
Adriana criou Pecs específicos para a odontologia. É assim que ela apresenta a máscara, a cadeira, o chuveirinho etc. Às vezes, precisa de quatro sessões só para conseguir convencer o paciente a sentar-se na cadeira. Quando isso não é possível e o procedimento necessário é simples, ela atende a criança no chão. Adriana quer que o método receba respaldo científico. Encaminhou um projeto de pesquisa à Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e aguarda o resultado. Depois de comprovar a eficácia de sua abordagem, Adriana pretende ensiná-la a outros dentistas.
“Mesmo quem pode pagar não encontra
dentistas dispostos a cuidar de autistas”, diz Adriana
Todas as quartas-feiras, ela cuida gratuitamente de autistas, deficientes mentais (e de qualquer outro paciente que aparecer) no projeto social da escola de samba Unidos de Vila Maria. Até os 14 anos, Matias Cabral de Lira Junior (o Juca) nunca tinha ido ao dentista. Ele é deficiente mental e apresenta sinais de autismo. Embora não seja agressivo, Juca não fala e não engole a saliva. Também faz movimentos contínuos comuns entre os autistas, como sentar-se numa cadeira e balançar o tronco para baixo e para cima, sem parar. Há dois anos, Adriana conheceu Juca no consultório da escola de samba. Ele mora com a mãe num apartamento do Cingapura (conjunto habitacional popular que substituiu algumas favelas na capital paulista). Nunca estudou. “Tentei de tudo, mas nunca consegui matriculá-lo numa escola”, diz a dona de casa Marly Zulmira da Conceição, de 44 anos. A primeira providência de Adriana foi fazer uma longa entrevista com a mãe. Precisava conhecer todos os gostos de Juca. O que lhe agrada e o que o incomoda. Para que o trabalho dê certo, Adriana precisa de detalhes. Detalhes colhidos sem pressa.“Essas informações me ajudam a encontrar uma forma de entrar no mundo do paciente.”
No primeiro encontro, Juca não olhava nos olhos de Adriana. Tremia quando ela encostava nele. Para tentar estabelecer algum contato visual com o garoto, Adriana experimentou vários brinquedos. Bolinhas de sabão, desenhos, bichos de pelúcia. A única coisa que despertava o interesse de Juca era um carrinho emborrachado. Aos poucos, Adriana foi empurrando o carrinho para dentro do consultório. Juca o seguiu. Com fita-crepe, Adriana prendeu o brinquedo no refletor instalado acima da cadeira de dentista. Juca sentou-se na ponta da cadeira e levantou a cabeça para espiar o carrinho. Adriana acomodou uma das pernas dele sobre a cadeira e afastou-se um pouco para ver como reagia. Como ele ficou bem, a dentista acomodou a outra perna.
Depois de dois anos de acompanhamento, Juca está acostumado a Adriana e seus apetrechos. Na última sessão, quem saiu da caixa de brinquedos foi um Chico Bento de borracha. Ela movimentava o personagem encaixado sobre o dedo indicador direito enquanto, com outros dois, tentava relaxar o queixo de Juca.
– Abra a boca para o Chico olhar – Adriana pedia.
– Ahhhhhh – ele respondia.
Juca parecia seguro. Apesar de todas as limitações, a comunicação entre eles fluía. Adriana conseguiu de novo.
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Comida na grelha, prática e saudável

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Receitas simples para fazer durante as férias e variar o cardápio – e também para dar trégua ao filé de frango ressecado ou ao hambúrguer congelado
REDAÇÃO ÉPOCA
sxc.hu
Milho na grelha: pode ser servido com uma variedade de molhos
A grelha tem sido sinônimo de alimentação saudável nos últimos anos. Em muitos grills elétricos, a leve inclinação da superfície é própria para fazer a gordura das carnes escorrer. No fogo, a grelha oferece um sabor de brasa incomparável, e a gordura naturalmente cai sobre o carvão. Há, ainda, grelhas com resistência elétrica, as colocadas sobre pedras ou as chapas, sobre lenha ou boca do fogão. Essa forma de preparar alimentos pode ser muito prática, principalmente nas férias escolares – quando os filhos tendem a dar mais trabalho para os pais. Ao levar tudo para a grelha, evita-se sujar muitas panelas e recipientes. Aqui, os óleos – azeite, em sua maioria – existem apenas para temperar. O alimento é colocado in natura e retirado direto para o prato. Para o feriado de 4 de julho nos Estados Unidos (Dia da Independência), o New York Times publicou 101 receitas práticas para a grelha – equipamento essencial de qualquer casa americana, mas que infelizmente só é usado nos Estados Unidos para tostar hambúrgueres e salsichas. Confira as receitas que podem (e devem) ser reproduzidas pelos brasileiros – a maioria fica melhor na grelha tradicional. Alguns ingredientes como berinjela, erva-doce, sardinha e até figo temperados são algumas das sugestões.
sxc.hu
Use apenas o bulbo da erva-doce
1. Erva-doce: Unte fatias de bulbo de erva-doce com azeite e coloque no fogo até dourar. Sirva com salada de rúcula e gomos de laranja grelhada.

2. Tofu: Corte um tofu inteiro em quatro pedaços e unte com óleo de gergelim. Grelhe em fogo moderado e vire de vez em quando. Na última virada, jogue um molho feito com tahine (pasta de gergelim), limão, alho amassado e água. Sirva com fatias de tomate temperadas com shoyo e manjericão.

3. Abobrinha: Corte em fatias grossas e pincele a mistura cremosa de endro (dill), iogurte, azeite e limão. Grelhe lentamente.
4. Milho: Espigas de milho grelhadas podem ser servidas com diversos molhos, como maionese, alho amassado, páprica e salsinha; iogurte, curry e cebola triturada; leite de coco, coentro e hortelã.
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Beterraba na grelha? Sim, e com queijo de cabra
5. Beterraba: Unte fatias de beterraba com azeite e grelhe lentamente até ficar macia e levemente dourada. Coloque sobre cada fatia um pouco de queijo de cabra e verduras fatiadas ou brotos.
6. Ratatouille: Grelhe pedaços de abobrinha, abóbora, berinjela, cebola, cogumelos e tomate cereja até que fiquem tenros e dourados. Tempere com manjerona ou orégano, tomilho, manjericão e azeite.
7. Pimentões: Grelhe pimentões vermelhos, verdes e/ou amarelos sem a pele. Cubra com azeitonas, alcaparras, vinagre balâmico e azeite.
8. Caprese: Pegue tomates bem maduros de qualquer tamanho e leve para grelhar até que fiquem um pouco tostados. Regue com azeite, polvilhe com sal e pimenta e sirva com mussarela fresca (ou burrata) e folhas de manjericão sobre pão.
sxc.hu
Dill e pepino combinam com salmão na grelha
9. Salmão: Grelhe filés de salmão e retire antes que seu interior cozinhe totalmente. Misture fatias de pepino com dill (endro), azeite e suco de limão. Sirva o salmão quente com a salada fria.
10. Sardinha: Grelhe o peixe inteiro e limpo e sirva com suco de limão e/ou toranja (grapefruit) grelhados.
11. Truta: Recheie a truta com fatias de limão e manjerona ou orégano. Se preferir, enrole um bacon em volta do peixe.
12. Atum: Pincele azeite em pedaços generosos de atum e grelhe, mantendo seu interior cru. Sirva com mais azeite, suco de limão, tomate também grelhado, azeitonas, fatias de cebola grelhadas e salsinha.
13. Carne: Lambuze um bife macio com mostarda. Grelhe e sirva com cebolas também grelhadas (de preferência chalota, um tipo de cebola menor).
14. Peito de pato ou frango: Faça cortes na pele da ave e esfregue folhinhas de alecrim, sal e pimenta dos dois lados (pele e carne). Grelhe com a pele virada para o fogo até ficar crocante (e menos gordurosa), vire e grelhe rapidamente o lado da carne. Sirva com fatias de laranja grelhadas.
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Costeleta de cordeiro: inteira ou já cortada
15. Costeleta de cordeiro: Antes de ir para a grelha, marine com iogurte, limão, cardamomo e hortelã. Sirva com limão e salsinha. Use a costeleta inteira ou já cortada.
16. Espetinho: Cordeiro intercalado por cebola – pincele uma mistura de cominho e azeite quando começar a fazer chiado de grelhado. Cordeiro e figo – use galhos de alecrim como espetinho, mas não misture a carne com a fruta no mesmo espeto. Tempere ambos com uma mistura de azeite, sal, pimenta, suco de limão, alho amassado e alecrim cortadinho. Cubos de manga intercalados por pedaços de peixe branco – pincele o espeto ja montado com uma mistura de shoyo, molho de peixe, molho de pimenta e finalize com coentro ou hortelã picadinhos.
17. Porco: Mignon ou lombo grelhado. Depois de pronto, fatie e tempere com um molho batido de purê de ameixa, gengibre, alho, mel, sal, mirin (condimento japonês) e vinagre de maçã.
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Mel pode ser nova arma contra bactérias resistentes

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IARA BIDERMAN
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Cientistas da Universidade de Amsterdã não apenas comprovaram a ação antibacteriana do mel como mostraram que ele pode neutralizar bactérias resistentes a antibióticos, como Staphylococcus aureus e E. coli.
Os pesquisadores também deram um passo além na busca de novas formas de prevenir e tratar infecções ao descobrir qual é a substância do mel que tem essa ação.
Batizada com o sugestivo nome de defensin-1, trata-se de uma proteína presente no organismo das abelhas, por elas acrescentada ao mel.
"É importante encontrarmos produtos naturais que desativam bactérias. Eles não têm a toxicidade dos medicamentos e podem ser usados em quantidades maiores", diz o infectologista Marcos Boulos, da Faculdade de Medicina da USP.
O uso popular do mel para tratar sintomas como dor de garganta mostra que ele tem alguma eficácia, segundo Boulos. Porém, o mel "in natura" não oferece garantia de controle da infecção.
"Além da questão da qualidade do mel, não sabemos se a substância ativa foi ingerida em concentração suficiente. A vantagem da pesquisa foi isolar a substância, o que pode levar ao desenvolvimento de produtos eficazes para cura e prevenção de infecções", diz o médico.
Segundo o cardiologista e nutrólogo Daniel Magnoni, o mel é um nutriente de alto valor energético, que pode ajudar o sistema imunológico, mas o uso contra infecções ainda tem que ser muito estudado.
Durval Ribas, presidente da Associação Brasileira de Nutrologia, diz que há alguns estudos mostrando a ação anti-inflamatória e bactericida do mel em infecções de pele. "Mas ainda não podemos confirmar o uso médico", acrescenta.
Para os autores da pesquisa, publicada no jornal da Federação das Sociedades Americanas para Biologia Experimental, o mecanismo de ação foi esclarecido.
Eles afirmam que tanto o mel quanto a substância antibacteriana isolada (a defensin 1) têm alto valor na prevenção e no tratamento de infecções por bactérias resistentes a antibióticos.
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Brasileiros estão entre os mais estressados do globo

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JULLIANE SILVEIRA
DE SÃO PAULO
Os brasileiros lidam pior com o estresse do que outros povos. Por aqui, as taxas daquilo que é definido como estresse extremo são mais altas que na maioria do países.
Esse último nível de estresse, ou "burn out", caracteriza-se por um esgotamento mental intenso, geralmente associado ao trabalho.
Na população economicamente ativa do Brasil, 30% já chegaram a esse estado causado por uma pressão excessiva, segundo dados da Isma - Brasil, associação internacional que pesquisa dados sobre estresse.
Nesse quesito, o Brasil está atrás apenas do Japão, onde 70% das pessoas já perderam o controle sobre o estresse.
As altas taxas desse país são explicadas pela rotina de trabalho e pela cultura: jornada mais longa e maior dificuldade para verbalizar e expressar opiniões e emoções.
"As normas sociais são muito rígidas naquele país. Escândalos profissionais terminam em demissão e até mesmo em suicídio da pessoa envolvida", diz a psicóloga Ana Maria Rossi, presidente da Isma.
ESFORÇO E RECOMPENSA
Por aqui, a dificuldade de contrabalançar as tensões do dia a dia ocorre principalmente por causa da sobrecarga de tarefas e do medo de demissão, fatores de estresse apontados com mais frequência pelos entrevistados.
O favoritismo nos ambientes profissionais, em que se leva em conta mais a relação pessoal do que o mérito do trabalho gera um sentimento de injustiça que contribui para o aparecimento do "burn out", segundo a psicóloga.
"No Brasil, em geral, não existe um equilíbrio entre esforço e recompensa. Você percebe isso quando o trabalhador vai para o exterior e é muito elogiado", diz Rossi.
NA SAÚDE
Entre quem sofre de "burn out", os índices de depressão, sentimento de incapacidade e exaustão são bem mais elevados do que no restante da população.
"Esses dados são assustadores. Vemos muitas pessoas cometendo tantos erros e com tanto descaso no trabalho, que isso pode mesmo ser sintoma de "burn out'", diz a psicóloga Marilda Emmanuel Novaes Lipp, diretora do Centro Psicológico de Controle do Stress e professora da PUC- Campinas.
Ironicamente, o problema atinge profissionais altamente motivados, idealistas e que se dedicam excessivamente ao trabalho. Sentimentos de decepção podem desencadear o estresse exagerado.
"Reconheça o que é importante e não se imponha uma carga de trabalho acima do necessário", aconselha Lipp.
1/3 TEM SAÚDE AFETADA PELO PROBLEMA
Um levantamento realizado em locais públicos de todo o Brasil mostrou que 35% dos avaliados apresentavam níveis de estresse que já traziam algum comprometimento à saúde. A pesquisa foi feita em 2009 pelo Centro Psicológico de Controle do Stress e avaliou aleatoriamente cerca de 3.000 pessoas

Editoria de Arte/Folhapress
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CIENTISTAS FAZEM CARTA PRÓ-MACONHA

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Cientistas acham injusa a prisão de quem planta para consumo próprio
Um grupo de neurocientistas que estão entre os mais renomados do país escreveu uma carta pública para defender a liberalização da maconha para "consumo próprio". Assinam a carta nomes como Stevens Rehen, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), coautor da primeira linhagem de células tronco no país, e Sidarta Ribeiro, diretor do Instituto de Neurociências de Natal. Eles falam em nome da Sociedade Brasileira de Neurociências e Comportamento (SBNeC), que representa 1,5 mil pesquisadores. A motivação do documento foi a prisão - um "equívoco", diz o texto- do músico Pedro Caetano, baixista da banda de reggae Ponto de Equilíbrio. Ele está preso desde o dia 1º sob acusação de tráfico por cultivar dez pés de maconha e oito mudas da planta em casa. Segundo o advogado do músico, ele planta a erva para consumo próprio. A carta o defende ao relatar que é "urgente" discutir melhor as leis sobre drogas "para evitar a prisão daqueles usuários que, ao cultivarem a maconha para uso próprio, optam por não mais alimentar o poderio dos traficantes de drogas". Informações da Folha.
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domingo, 11 de julho de 2010

Curativo inteligente pode detectar e tratar infecções

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DA NEW SCIENTIST
Um curativo que se automedica pode se tornar um novo elemento vital nas unidades de tratamento de queimadura. Recheada com nanopartículas, a bandagem detecta bactérias em um ferimento e responde secretando antibióticos.
"Cinquenta por cento das mortes por queimaduras ocorrem devido a infecções, o que explica a importância dessa pesquisa", diz Toby Jenkins, da Universidade de Bath, no Reino Unido, que está desenvolvendo o curativo com uma equipe internacional de pesquisadores.
Bactérias tóxicas causam infecções ao atacar as células com toxinas que dissolvem a membrana celular. Bactérias úteis, que ajudam no funcionamento do organismo, não carregam esse arsenal tóxico. Essa diferença simples é a ideia por trás das bandagens inteligentes de Jenkins.
A estratégia foi usar as toxinas das bactérias para romper vesículas contendo antibióticos. Se funcionasse, as vesículas poderiam ser colocadas em bandagens que liberariam o antibiótico somente se um ferimento ficasse infeccionado.
"Isso reduz o risco de evolução de novos superbactérias resistentes a antibióticos, como a MRSA [Staphylococcus aureus resistente a meticilina, na sigla em inglês]", diz Jenkins. As vesículas poderiam também conter uma tintura: se as gazes mudassem de cor, o médico saberia que uma infecção está em andamento.
Para testar a ideia, Jenkins colocou pequenas cápsulas contendo um composto antimicrobiano, chamado azida de sódio, em um tecido e o expôs a duas das mais comuns causadoras de infecções hospitalares, as bactérias Staphylococcus aureus e Pseudomonas aeruginosa. Ele também testou as vesículas contra uma cepa não tóxica de Escherichia coli que não secreta toxinas.
Como esperado, as cápsulas estouraram quando expostos às bactérias tóxicas, liberando o antibiótico e diminuindo rapidamente a quantidade dos micro-organismos. Houve também uma pequena queda na quantidade de Escherichia coli; os pesquisadores atribuíram essa redução a pequeno vazamento nas cápsulas.
"Essa é uma ideia nova e promissora. No entanto, ainda há muito trabalho para mostrar que essa promessa pode ser traduzido em benefício clínico", diz Jim Gray, microbiólogo do Hospital Infantil de Birmingham, no Reino Unido.
Jenkins afirma que um dos grandes desafios será assegurar a estabilidade das vesículas para armazenamento sem que percam sua eficácia. Ele aposta que em cinco anos a tecnologia estará pronta para uso clínico.
Gray acredita que a tecnologia também poderá ser útil em curativos externos usados para fixar catéteres venosos e outros aparatos médicos que são inseridos no corpo. "Esses equipamentos são uma importante fonte de infecções no sistema sanguíneo."
O estudo foi publicado no "Journal of the American Chemical Society".
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