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terça-feira, 15 de setembro de 2009

Política Rui Costa diz que PMDB foi desleal com PT

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Em entrevista concedida ao programa “Entrevista Coletiva” exibido na TV Band Bahia, o secretário estadual de Relações Institucionais, Rui Costa (PT), não poupou adjetivos contra o PMDB, do ministro Geddel Vieira Lima. E não parou por aí. Por tabela, girou a metralhadora contra o senador republicano César Borges. Rui, que é candidato declarado à Câmara Federal, disse desafiar qualquer prefeito a provar que ele usa a máquina pública para pedir votos. Segundo ele, “o episódio (rompimento do PMDB com o PT em prol de candidatura própria) ficará marcado como uma grande deslealdade, uma grande falta de reconhecimento, porque o PMDB não era nada na Bahia, tinha um deputado federal, 20 prefeitos antes de fazer aliança com o presidente Lula e o governador Jaques Wagner”, disparou. Em relação a César Borges, o secretário negou ter sido responsável pelo naufrágio nas negociações para que o PR integrasse o governo Wagner. Para ele, o maior responsável é o senador, que também é o presidente estadual da legenda. “Quando o senador César Borges assumiu a presidência do PR, as negociações já estavam 90% fechadas. O PR não veio para o governo porque ele (César Borges) está muito ligado ao passado, não quer uma Bahia nova, quer a volta do passado”, destacou, se eximindo da culpa.
Sobre as eleições de 2010, Rui Costa afirmou que acredita na vitória de Wagner no primeiro turno e que o PT não vê problema no fato de o ministro oferecer um segundo palanque para a ministra Dilma (Casa Civil) na Bahia, pois assim, ele “só será desleal com o governador Jaques Wagner”, disparou, afirmando em seguida que Geddel é ministro de Lula e deve apoiar a candidata do presidente. Por fim, o petista rebateu as acusações de colegas de partido que dizem que ele tem minado redutos eleitorais, ao pedir para si votos a prefeitos. “Desafio qualquer prefeito ou prefeita da base do governo a dizer que eu peço voto para mim”.
Geddel rebate acusações e devolve críticas
O ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima, por sua vez, já disse reiteradas vezes que “isso não é uma carapuça que eu vista. Lealdade é a posição que tomei. Meu partido tomou de não compactuar com a incompetência e o governo. Portanto, esse discurso não cola comigo”, disse, complementando que “não é desqualificando o adversário que se faz, que se implanta um novo método de política na Bahia. Isso é contradição no discurso. Isso não é ser republicano. Isso não é ser democrata. Isso é ter um discurso e uma prática diversa”. Assim como Geddel, no entanto com um discurso mais contundente, o deputado Arthur Maia (PMDB) disse que seu partido saiu do governo não como traidor, mas para não participar, segundo ele, da traição que esse governo estaria fazendo. “O governador Jaques Wagner vem sistematicamente repudiando tudo aquilo que nós, que votamos nele, acreditávamos que podia ser feito numa nova alternativa para esse Estado e isto sim é traição”, disse.
O parlamentar sugeriu ainda que o “nervosismo” do secretário Rui Costa estaria relacionado à inexistência de manifestação pública do presidente Lula em relação à saída do PMDB do governo estadual. “(O presidente Lula) manteve o ministro Geddel no ministério e isto é a prova maior de que o presidente não condenou a atitude do PMDB de romper com o governador Wagner”, provocou. “Achei até engraçado ver Rui Costa dizer que o PMDB não era nada antes da aliança com o PT. Se o PMDB não era nada antes do governo, imagine Rui, candidato a deputado um sem-número de vezes e repetidamente rechaçado pelo povo baiano”.

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