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sábado, 19 de setembro de 2009

Sistema digital superdenso abre caminho para memórias gigantes de PCs

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da New Scientist
 

Engenheiros sul-coreanos criaram um material que pode permitir que sistemas de armazenamento de dados superdensos do modelo "centopeia" funcionem em temperatura ambiente, amena para seres humanos.
O sistema anterior do tipo necessitava de temperatura da ordem de 350 graus Celsius para funcionar. Revelado há uma década por engenheiros da IBM, permite guardar até um terabit, ou 125 gigabytes, dentro de cada polegada quadrada.
SXC
Cartão de memória para câmera fotográfica; desenvolvimento do modelo "centopeia" abre espaço para melhora de memórias digitais
Cartão de memória para câmera fotográfica; desenvolvimento do modelo "centopeia" abre espaço para melhora de memórias digitais
A descoberta traz a tecnologia mais próxima da realidade comercial --boa notícia para quem quebra a cabeça com suas memórias digitais já lotadas.
Agora, mais do que nunca, as pessoas que desejam guardar fotos e vídeos digitais precisam deste sistema de armazenamento, mas sistemas da IBM, entre outros utilizados hoje em dia com modelos similares, permanecem frustrantemente distantes disso.
O sistema "centopeia" e outros similares funcionam com um princípio simples: uma sonda-agulha extremamente fina grava dados como uma série de orifícios em escala nanométrica --da ordem do milionésimo do milímetro-- em uma superfície polimétrica dura, e a mesma agulha detecta o que foi escrito para ser lido novamente.
Superfície dura
Para conseguir furar a superfície polimétrica, a agulha tinha que ser quente o suficiente para deixar o polímero temporariamente flexível.
Mas elevar a temperatura da sonda-agulha para os 350 graus Celsius necessários para cada 1 e 0 --que representam os bits, ou unidades de informação digital-- faz do sistema um consumidor voraz de energia, e isso é mantê-lo longe do mercado, diz Jin Kon Kim, da Universidade Pohang de Ciência e Tecnologia, em Kyungbuk, Coreia do Sul.
Assim, sua equipe projetou um sistema de armazenamento com as sondas que não precisa de calor para funcionar. Ao invés disso, utiliza um incomum "baroplástico", um polímero duro que fica macio sob pressão.
Os primeiros materiais do tipo foram encontrados uma década atrás, mas se tornavam macios somente sob pressões muito altas, acima de 300 bars--1 bar é aproximadamente o valor da pressão atmosférica padrão.
A equipe de Kim resolveu isso criando um novo baroplástico que consegue a mudança de características no nível de pressão muito inferior de 60 bars.
"É o menor valor entre todos os blocos de copolímeros [polímero formado por mais de um tipo de molécula] relatado na literatura", diz Kim.
Com Folha Online

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