
A pesquisa convidou pares de mulheres gêmeas idênticas e não-idênticas entre 23 e 83 anos a responder um questionário sobre o famigerado ponto. Os cientistas esperavam que, entre as gêmeas idênticas, que têm exatamente o mesmo DNA, seria maior a chance de as duas terem o ponto G. Como isso não aconteceu, os pesquisadores concluíram que a existência do ponto é subjetiva, depende de cada mulher, e não de diferenças genéticas. Na amostra da pesquisa, quanto mais jovem e mais sexualmente ativa, maior era a chance de a mulher afirmar ter o ponto G. Ao todo, 56% das mulheres disseram ter encontrado a zona erógena.
O estudo britânico, que está sendo publicado esta semana no Journal of Sexual Medicine, apesar de bem fundamentado, não deve colocar um ponto final na discussão que acontece desde a década de 50. Em fevereiro de 2008, escrevi uma reportagem em ÉPOCA falando sobre o estudo do italiano Emmanuele Jannini, publicado pelo mesmo Journal of Sexual Medicine, que afirmava ter localizado o ponto G em algumas mulheres, mas não em outras, por meio de ultra-som. A pesquisa estava sendo questionada porque envolvia apenas 20 mulheres.
As dúvidas devem continuar a motivar a realização de mais estudos, mas achei interessante a questão colocada por Andrea Burri, que liderou a pesquisa britânica. Ela disse que o resultado do experimento libera as mulheres que não acharam o ponto G do sentimento de “inadequação ou falha”.
Será que a pressão para achar o ponto G, que os cientistas não sabem se existe, pode trazer problemas para a vida sexual de homens e mulheres? E para você, existe alguma dúvida sobre a existência do ponto G?
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