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domingo, 12 de dezembro de 2010

Como gastar (sem quebrar) neste Natal

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Dicas para usar bem o dinheiro e comprar de forma racional
Edição: Luciana Vicária. Com Daniela Cornachione
Os brasileiros terão neste ano um Natal farto como poucas vezes se viu. Com poder de compra maior e tantas possibilidades de consumo, é preciso tomar alguns cuidados para não começar 2011 com indigestão financeira. No fim do ano todo mundo gasta mais – frequentemente demais – e conta com renda extra para isso. São presentes, viagens, passeios e festas amparados no duplo salário de dezembro.
O 13º salário aparece como alívio, mas pode não ser o bastante para pagar as despesas adicionais. Em janeiro, afinal, haverá mais contas. Matrícula e material da escola, imposto da casa (IPTU) e do carro (IPVA). Diante disso, os consultores financeiros aconselham: é melhor poupar pelo menos 30% do 13º para o começo do ano seguinte. Quem acumulou dívidas durante o ano deve usar o dinheiro extra para começar 2011 sem pendências. “É sempre bom dar prioridade às dívidas mais elevadas, com juros muito altos, como cheque especial e cartão de crédito”, diz André Novaes, dono da consultoria financeira Life FP. O que sobrar pode ser gasto sem culpa com festas e presentes.
Davilym Dourado
COM MÉTODO
O empresário Jesus Alves numa rua comercial em São Paulo. Ele poupa durante o ano e acaba as compras duas semanas antes do Natal
Aí começa o segundo nível de planejamento: como gastar o que foi destinado aos presentes. O empresário Jesus Alves, dono de um restaurante em Jundiaí, interior paulista, guarda ao longo do ano pelo menos R$ 100 por mês para os gastos de Natal. “Todo mês, não importa o que aconteça, deposito na poupança de Natal”, diz. Alves também faz as compras no máximo duas semanas antes do Natal. Comprar com antecedência significa fazer negócios melhores. “O varejo sabe que alguns clientes negociam”, diz o consultor Novaes. “Aquele que não pede desconto paga o desconto de quem pede.” Se for impossível deixar o cartão de crédito de lado, use-o para programar os gastos e até para negociar, ele aconselha. “Com cartão, o comerciante tem segurança de que vai ser pago”, diz Valéria Cunha, do Procon-SP. Garantia de pagamento é algo que pode pesar a favor do cliente na hora de barganhar.
A programação de gastos exige treino, mas compensa. “No primeiro Natal que tentei, não deu certo. No segundo, já usei o cartão de crédito só para um presente”, afirma Alves. “Neste ano, vai ser tudo à vista.” Uma boa estratégia para manter o orçamento saudável no fim do ano precisa de dois pontos de apoio: sinceridade com os parentes e planejamento.
O quadro abaixo dá dicas para colocar o plano em prática. Ainda dá tempo de começar.
Ilustração: OrlandeliIlustração: OrlandeliIlustração: Orlandeli

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