Pages

 

domingo, 12 de dezembro de 2010

A história do ator pornô que contraiu HIV no set

1 comentários

O ator Derrick Burts se emociona durante entrevista coletiva a veículos americanos
Há dois meses, o ator Derrick Burts, de 24 anos, descobriu que é soropositivo. Primeiro, ele ficou em silêncio. Esta semana, resolveu expor seu drama. Burts afirmou, durante uma entrevista coletiva, que foi infectado pelo vírus durante a gravação dos filmes pornográficos de que participou. Ele teve relações sexuais com mulheres e homens. E agora quer que o uso de preservativo durante as cenas se torne obrigatório.
Na indústria dos filmes para adultos, a camisinha é mal vista. No Brasil, ela era utilizada até 2004. Hoje, apenas uma produtora exige que os atores se previnam durante as gravações. O que as empresas do ramo fazem então? Submetem seus atores a exames periódicos, como se isso fosse capaz de prevenir o contágio. “Esquecem”, porém, da janela imunológica, que é o intervalo de tempo – de 30 a 60 dias – entre a infecção pelo vírus e a produção de anticorpos pelo organismo. São esses anticorpos que indicarão se houve contágio. Se um teste de HIV é feito durante o período da janela imunológica, há a possibilidade de apresentar um falso resultado negativo.
“É um arranjo matemático. Colocamos os atores de um grupo seleto para contracenar, pois sabemos que eles não têm o vírus”, afirma Edson Strafite, produtor de filmes para adultos. “Entretanto, os riscos existem. Todos deveriam se proteger”. Mas não se protegem. Segundo Strafite, a camisinha não é vetada no set de filmagem por questões estéticas, mas sim porque a falta de proteção excita mais os espectadores. “Um filme com preservativo vende menos”, diz.
Na indústria norte-americana, a camisinha é exigida apenas em produções de filmes com temática homossexual. Burts acredita que tenha sido infectado durante uma filmagem desse tipo, na Flórida. Ele disse que é comum o uso de camisinha durante a penetração, mas não durante o sexo oral. Ele, que também contraiu clamídia, gonorréia e herpes, lamenta o fato de não ter sido informado sobre esses riscos todos pela clínica que responde pelas condições físicas dos atores que participam de filmes pornográficos, a Adult Industry Medical Healthcare Foundation. Segundo ele, a entidade lhe prometeu ajuda para conseguir um médico e fazer o tratamento indicado, mas isso não aconteceu.
A única providência tomada pela clínica foi notificar os atores e atrizes com quem Burts contracenou. Eles também foram colocados em uma espécie de quarentena até a realização dos próximos exames. Burts afirma que a clínica fez um rastreamento e sabe qual ator lhe transmitiu o vírus. É um “conhecido soropositivo”, cujo nome não pode ser divulgado em respeito ao sigilo estabelecido entre médico e paciente. A irresponsabilidade permeia a história toda. É tamanha que a história de Burts pode ser a de muitos outros profissionais do ramo.
Dia de estreia sempre traz emoção. No momento em que escrevia meu primeiro post, este que está aí em cima, sentia frio na barriga. Pensava cá com meus botões se vocês gostariam das minhas histórias e do meu jeito de escrever. Espero que sim. Pela primeira vez, escrevo em um blog lido por muita gente. É assustador. E também uma alegria. Estou feliz por estar aqui e dividir o espaço com seis jornalistas incríveis. Que este post seja o primeiro de muitos.

Um comentário:

Anônimo disse...

vai....toma capeta.....vai direto pro inferno

Postar um comentário