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quinta-feira, 3 de março de 2011

Governo de Pequim cria sistema de rastreamento que localizará todos os aparelhos celulares 24 horas por dia

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Segundo o governo chinês, sistema será usado apenas para melhorar as condições do transporte público. Sistema monitorará cada passo de cada usuário que esteja com seu celular ligado
Redação ÉPOCA, com Agência EFE
O governo chinês anunciou, nesta quinta-feira (3), um polêmico sistema de telefonia que rastreará absolutamente todos os aparelhos celulares de Pequim 24 horas por dia através de um aplicativo de geolocalização. As autoridades de Pequim disseram ainda que as informações sobre a movimentação de cada pessoa que estiver com seu aparelho celular ligado serão atualizadas constantemente.


O projeto foi batizado de "Plataforma de informação em tempo real dos movimentos cidadãos", e, segundo o governo de Pequim, servirá apenas para evitar congestionamentos, já que o sistema permite detectar concentrações incomuns de pessoas, divulgou o diário independente South China Morning Post. Mas ele não serve apenas para isso.

O novo sistema de rastreamento foi divulgado logo após o anúncio feito por vários movimentos populares chineses de que seriam organizados protestos em todo o país. Pelas redes sociais, milhares de cidadãos foram convocados a se manifestar contra o governo, em uma versão chinesa da “Revolução do Jasmim” da Tunísia.

O subdiretor da Comissão Municipal de Ciência e Tecnologia de Pequim, Li Guoguang, afirmou, porém, que o rastreamento só será utilizado para melhorar o trânsito na cidade. Com ele, o governo poderá colher informações sobre ruas congestionadas e linhas de ônibus e metrô sobrecarregadas, dados que serão disponibilizados previamente à população como forma de melhorar o fluxo.

Segundo Li, os dados coletados poderão especificar com exatidão “sem precedentes” a localização e distribuição da população e seus movimentos pela cidade. Esse tipo de informação, no entanto, não estará disponível para ninguém além do próprio governo chinês.

A estatal China Mobile, a maior operadora móvel do gigante asiático, participou do projeto, que começará a ser implementado nos próximos meses.

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