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sábado, 7 de maio de 2011

Ministro da Justiça lança Campanha do Desarmamento

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Ministro José Eduardo Cardozo lançou nesta sexta, no Rio, um mês após a tragédia em Realengo, a nova Campanha Nacional de Desarmamento
Redação ÉPOCA, com Agência EFE
O governo federal lançou nesta sexta-feira (6) mais uma campanha nacional de desarmamento, um mês após o massacre em Realengo, que deixou 12 adolescentes mortos. A campanha tem como objetivo principal estimular a população a entregar voluntariamente suas armas de fogo, e deve ficar em vigor até o final do ano.

"Uma arma na mão de uma pessoa que não é capacitada é um risco sempre", disse o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, ao defender o lançamento da campanha, que se chama “Tire uma arma do futuro do Brasil”.

Quem apresentou a campanha foi o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, no Rio de Janeiro. A medida foi tomada após o jovem Wellington Menezes de Oliveira, de 23 anos, ter invadido uma escola municipal no bairro de Realengo, zona Oeste do Rio, e ter executado, a sangue frio, 12 adolescentes para, logo em seguida, se matar.

O objetivo da nova campanha, segundo o ministro Cardozo, é ampliara a rede de coleta e disponibilizar em cada cidade um local autorizado para a entrega do armamento, que também poderá ser encaminhado a delegacias, igrejas e sedes de entidades que aderiram ao plano. Ao contrário das iniciativas anteriores, esta campanha permitirá o anonimato das pessoas que entreguem suas armas e as recompensará financeiramente com valores que vão de R$ 100 a R$ 300.

Após o encerramento do ato de apresentação da campanha, que contou com a presença dos pais dos estudantes baleados na escola, Cardozo se deslocou ao alto forno da Companhia Siderúrgica Nacional, em Volta Redonda, a 127 quilômetros de Rio, para assistir a uma queima de armas recolhidas pelo Exército.

"Acho que é a primeira vez que um ministro diz isso, mas eu gostaria que faltasse dinheiro para a campanha. Isso porque, se faltasse, seria um sinal de que o número de armas a ser entregue superou as expectativas", afirmou Cardozo.

Para garantir que o armamento coletado não seja desviado a organizações criminosas, as armas serão destruídas imediatamente após serem recebidas.

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