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sexta-feira, 23 de março de 2012

Como (não) seduzir uma mulher

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Quando o livro “A arte natural da sedução – Como abordar as mulheres e se tornar um mestre da conquista” (Editora Sextante) chegou à redação, confesso que insisti na leitura por apostar em boas gargalhadas. Não tenho paciência para manuais de auto-ajuda e fórmulas prontas. Nas primeira páginas, o autor Richard de la Ruina se descreve como um verdadeiro “loser” no passado para estabelecer uma identificação com o leitor desesperado. Diz que era introspectivo, medroso, feio e sem traquejo social. Corri para a orelha do livro: Oi? Esse moreno de olhos claros e pose de comedor foi beijar pela primeira vez aos 21 anos? Fui procurar na internet mais informações sobre o moço: na certa, ou ele havia crescido em Marte ou participara de alguma experiência científica sobre acúmulo de saliva. Que nada.
Ele promete transformar qualquer leitor em um "artista da sedução"
Mas nem deu tempo de sentir muita piedade de Richard. Fiquei com preguiça assim que esse londrino de 32 anos se auto-entitulou “artista da sedução” e escreveu as seguintes linhas (que tomo a liberdade de juntar numa aspa só): “Todas as noites tenho a chance de voltar para casa com uma mulher. Assim como andar de bicicleta ou dirigir um carro, conhecer mulheres e despertar o interesse delas é uma habilidade. Fiz a parte difícil por você. Descobri pessoalmente ao longo de vários anos de balada, trabalhando para saber o que funciona e o que não funciona. A leitura deste livro proporciona um poder inacreditável, use com responsabilidade”. Ah, não, gato! Quis morrer de vergonha alheia.
• Leia mais – “Timidez: como usá-la a seu favor”
• Leia mais sobre como conquistar uma mulher
Cheio de estratégias, o livro sugere por exemplo que o tímido liste seus pontos fracos e trace planos para lidar com cada um deles. Fornece as características presentes nos machos alfa (auto-confiança elevada, presença física destacada, habilidade de tomar decisões, inteligência social) e dá pistas de como adquiri-las. Fala dos tipos de abordagens e dos principais erros cometidos pelos homens no jogo da conquista. Tem trechos preciosos e úteis (imagino…) para quem realmente tem dificuldades de se aproximar de uma mulher. Mas é claro que separei apenas as mais divertidas:
- Mulheres gostam de homens que assumem o controle. Perguntar se a garota quer um beijo é a coisa mais brochante do mundo. (Bingo, Richard! Nem Viagra por injeção na testa costuma ajudar a gente nesses casos).
- Ao abordar uma garota, seja bem-humorado: “Você convidou essa gente toda? Pensei que seríamos só nós dois…” ou “Sei que os caras não devem lhe dar muita bola, então decidi vir conversar com você”. (Olha, eu perderia uns cinco minutos só pela audácia do rapaz)
- Como puxar conversa em situações imprevistas. Por exemplo, se uma mulher pisa no seu pé, diga: “Ei, preste atenção, garota!” – Você a olha de maneira desafiadora e com um sorriso malicioso. “Vamos resolver isso lá fora e ver quem é mais forte!” – Dobre o braço e aponte para que ela faça o mesmo. Então, aperte o músculo dela. (Bobo! Provavelmente, eu apontaria a cabeça dele e perguntaria se precisou de muita força para bolar essa cantada…)
- Ela responde que tem namorado, então algumas opções de resposta: “Beleza, ele pode levar o café da manhã na nossa cama” ou “Ótimo, assim você vai ter o que fazer quando eu estiver ocupado” ou “Excelente, ele pode sair com a minha namorada quando estivermos juntos”. (Maridão que me desculpe, mas impossível não rir dessas. Apresentaria uma amiga)
- Sabe quem você me lembra? Alguém que quero conhecer. (Ó, faz assim: vai dar uma volta e pensa em alguma coisa menos cafona, tá?)
- Eu a vi e tive certeza de que se não me apresentasse ia me arrepender pelo resto da vida. Oi, meu nome é… (Muito comédia romântica para o meu gosto, mas posso ouvir os suspiros de algumas amigas)
- Qual a sua fruta preferida? Uau, nunca comi morangos sobre uma mulher nua. (Vai continuar sem comer, seu banana!)


***No Brasil, há cursos e palestras com o método de Richard de la Ruina. Mais informações aqui.

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