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segunda-feira, 20 de maio de 2013

Como falar sobre sexualidade no Ensino Fundamental?

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| Sexualidade

A pergunta que nunca cala nas capacitações de professores em educação sexual é: quando devemos começar a falar de sexualidade com os alunos?
Acho que não existe uma idade determinada para se falar de sexo, mas é visível que, quando os alunos estão entrando na puberdade, começam a se interessar mais pelo assunto.
Como os hormônios entram em ação, meninos e meninas ficam inseguros e curiosos para saber o que está acontecendo ou vai acontecer com o corpo deles.

O corpo muda

Em geral, as meninas querem saber sobre o desenvolvimento dos seios: quando vão menstruar? Quando os seios vão crescer (ou parar de crescer)?
Já os meninos, guardam a sete chaves a curiosidade sobre o crescimento do pênis e a primeira ejaculação. Muitos deles acreditam que ela está ligada à masturbação – e que, quanto mais se masturbarem, mais cedo irão ejacular. O que não é verdade.
Muitos ficam preocupados em se livrar das espinhas, ou de chegar perto das pessoas com novos odores que os deixam sem graça. As meninas ficam preocupadas com a pele, e os meninos, com o famoso chulé.
Mas as mudanças físicas não param aí. Alguns ficam desconfortáveis com seu novo tamanho – sejam muito altos, ou muito baixos, e outros ainda têm vergonha em lidar com o aparecimento ou não, dos pelos, e o medo de ser ridicularizado pelos colegas se sua voz afinar durante a apresentação do trabalho.

A mente muda

Como se tudo isso não bastasse, as mudanças ocorrem também nos sentimentos, na forma de ver a vida, no seu estado emocional e no interesse afetivo e sexual pelas pessoas.
Até os 14 anos, aproximadamente, o chamado “melhor amigo” é fundamental na vida dos adolescentes e isto pode gerar um momento de indefinição, onde muitos deles confundem admiração com tesão.
Em posts futuros falaremos mais sobre como abordar a homossexualidade na escola.

Como ajudar?

Um bom jeito de tratar a sexualidade na escola é determinar um momento semanal, ou mesmo mensal, com um profissional capacitado para atender as dúvidas da turma utilizando dinâmicas de grupo e jogos educativos.
No entanto, se isso ainda não é possível na sua escola, você pode aproveitar situações que surjam na sala de aula ou mesmo nos conteúdos de sua disciplina para abrir este espaço e fazer uma roda de conversa, buscando saber o que os jovens pensam e sabem sobre o tema e complementar as informações.
Mas fique atento. É muito importante que os temas estejam de acordo com o interesse e a capacidade cognitiva de cada faixa etária.
Em meio a tantas dúvidas, o que estes alunos não podem é ficar sem atenção. Este é um período bastante tumultuado para eles, e é fundamental ajudá-los a passar por essa fase com clareza e segurança.
Conte pra gente como você lida com isso na sua escola também.
Um beijo e até a próxima semana!

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