Dado foi divulgado nesta terça-feira (24) pelo Instituto Nacional de Câncer (Inca). As mulheres sofrerão mais com a doença do que os homens
REDAÇÃO ÉPOCA
Entre as mulheres, o tipo de câncer mais comum será o de mama, com 49.240 casos (25,6%)
De acordo com o documento do Inca, as mulheres sofrerão mais com a doença do que os homens: 52% dos casos novos (253 mil) serão registrados no sexo feminino e 48% (236 mil) no sexo masculino. O tipo mais comum da doença continua sendo o câncer de pele não melanoma (versão menos letal desse tipo de câncer) para ambos os sexos, que deverão somar 113 mil ocorrências.
No caso dos homens, o tipo mais comum de câncer, depois do de pele não melanoma, será o de próstata, que deve representar 28,6% dos casos, ou seja, cerca de 52.350 dos casos. Em seguida, vêm os de traqueia, brônquio e pulmão, com 17,8 mil casos (9,7%); estômago, com 13.820 (7,6%); cólon e reto, com 13.310 (7,3%); e boca, com 10.330 (5,7%).
Entre as mulheres, os tipos de câncer mais comuns, depois do de pele não melanoma, devem ser o de mama, com 49.240 casos (25,6%), colo do útero, com 18.430 (9,6%), cólon e reto, com 14,8 mil (7,7%), traqueia, brônquio e pulmão, com 9.830 (5,1%), e estômago, com 7.680 (4,0%).
Saiba mais
Para o coordenador de Prevenção e Vigilância do Inca, Claudio Noronha, o grande número de casos de câncer no país está associado ao processo de envelhecimento dos brasileiros. A esperança de vida da população brasileira, que era de 62 anos em 1980, será de 76 anos, em 2020. “A população brasileira vem envelhecendo de forma acelerada e isso tem grande relação com a ocorrência do câncer não só no Brasil, mas no mundo como um todo. O câncer é uma doença que ocorre a partir de exposições prolongadas a um conjunto de fatores de risco. E, quanto mais as pessoas vivem, mais tempo elas estão expostas a esses fatores, seja o tabagismo, o padrão alimentar, fatores ambientais, de exposição ambientais e genéticos”, diz Noronha. - »Quando o câncer desaparece sem tratamento
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De acordo com o estudo, o controle do tabagismo poderia evitar cerca de 30% dos novos casos de câncer previstos para o Brasil para 2010, representando 113 mil casos novos de um total de 375.420. Uma alimentação rica em frutas, verduras e fibras e pobre em gorduras pode proteger 35% dos cânceres.
O estudo foi elaborado pela Divisão de Informação da Coordenação de Prevenção e Vigilância (Conprev) do Inca. A intenção é que os dados sirvam de base para que os gestores de saúde planejem ações de controle da doença.
Detecção precoce
O estudo do Inca traz algumas recomendações para a prevenção e a detecção precoce do câncer. No caso do câncer de mama, é recomendado o exame clínico das mamas anualmente a partir dos 40 anos e, caso o exame apresente alterações, a mamografia torna-se necessária. A partir dos 50 aos 69 anos, o ideal é se fazer a mamografia bienal.
Segundo os dados, o SUS (Sistema Único de Saúde) realizou, em 2008, 2,6 milhões de mamografias, um crescimento de 100% em relação a 2000. A meta é alcançar, em 2011, número de 4,4 milhões de exames.
Para a prevenção do câncer de cólon de útero, a recomendação é de que as mulheres de 25 a 59 anos façam o exame Papanicolaou periodicamente. Se o resultado for normal em dois exames anuais seguidos, o preventivo deve ser repetido a cada três anos. Segundo o Inca, 79% das mulheres brasileiras acima dos 25 anos já realizaram pelo menos uma vez o exame preventivo. A meta do Ministério da Saúde é que 80% das brasileiras, entre 25 e 59 anos, tenham realizado um exame nos últimos três anos até 2011.
Para os homens, a recomendação do Inca é que, a partir dos 50 anos, eles procurem um posto de saúde ou um médico para realizar exames de rotina. Se o homem, apesar de não ter sintoma de tumor na próstata (dificuldade de urinar, frequência urinária alterada ou diminuição da força do jato da urina, entre outros) tiver histórico familiar da doença, precisa relatar isso ao médico para fazer os exames necessários.
* Todas as neoplasias exceto pele não melanoma
Fonte: Estimativa 2010: incidência de câncer no Brasil MS/INCA/Conprev/Divisão de Informação
Fonte: Estimativa 2010: incidência de câncer no Brasil MS/INCA/Conprev/Divisão de Informação
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