Os estudantes brasileiros ficaram em 53º lugar, entre 65 países avaliados pelo programa da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE)
Camila Guimarães
O Brasil conseguiu melhorar seus resultados no Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa, na sigla em inglês), mas ainda está nas últimas colocações do ranking de 65 países elaborado pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Ficou em 53º lugar, na média geral. O Pisa avalia de três em três anos o desempenho de alunos de 15 anos nas áreas de leitura, matemática e ciências. No ano passado, a prova foi aplicada para 470 mil alunos, dos quais 20 mil eram brasileiros. Saiba mais
Com uma média geral de 401 (foi a primeira vez que se o país conseguiu passar a barreira dos 400 pontos), o Brasil foi um dos que mais evoluíram nas notas, mas ainda está abaixo da média geral da OCDE, de 496 pontos. Os cinco melhores colocados são Xangai, com 577 pontos, Hong Kong, com 546, Finlândia e Cingapura, com 543, e Coreia do Sul, com 541. O Brasil ficou atrás da Bulgária, Romênia, México, Chile e Uruguai – e à frente da Colômbia, Argentina, Cazaquistão, Tunísia, Indonésia, Albânia, Catar, Azerbaijão, Panamá, Peru e Quirguistão. As notas do Brasil ultrapassaram os 400 pontos em leitura e ciências, mas não em matemática. Nas três áreas pelo menos metade dos alunos brasileiros não passa do nível mais básico de conhecimento. Apenas 1,3% dos estudantes atinge os níveis 5 e 6 (os mais altos) em leitura, 0,8 % em matemática e 0,6% em ciências. Em leitura, pouco menos da metade dos estudantes brasileiros alcançou apenas o nível 1 – significa que eles conseguem apenas localizar informações explícitas no texto e relacioná-las com algo do seu dia-a-dia. A formação de leitores é uma tarefa complicada e demorada. O país não possui ainda políticas públicas consolidadas para melhorar o ensino dentro das escolas e estimular o hábito da população em geral. Mesmo que algumas medidas tenham sido tomadas nesta década, resultados mais consistentes só serão registrados na próxima geração, em 30 ou 40 anos.
O ranking dos Estados brasileiros mostra que dez deles tiveram médias melhores que a nacional. São eles: Distrito Federal, que ficou em primeiro lugar, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Na última colocação está Alagoas, com 354 pontos, seis a menos que sua última média. O Estado foi o único que baixou a média em leitura.
Ranking do Pisa | |
---|---|
Xangai | 577 |
Hong Kong | 546 |
Finlândia | 543 |
Cingapura | 543 |
Coreia do Sul | 541 |
Japão | 529 |
Canadá | 527 |
Nova Zelândia | 524 |
Taiwan | 520 |
Austrália | 519 |
Holanda | 519 |
Liechtenstein | 518 |
Suíça | 517 |
Estônia | 514 |
Alemanha | 510 |
Bélgica | 509 |
Macau | 508 |
Polônia | 501 |
Islândia | 501 |
Noruega | 500 |
Reino Unido | 500 |
Dinamarca | 499 |
Eslovênia | 499 |
Irlanda | 497 |
França | 497 |
Média dos países da OCDE | 496 |
Estados Unidos | 496 |
Hungria | 496 |
Suécia | 496 |
República Tcheca | 490 |
Portugal | 490 |
Eslováquia | 488 |
Áustria | 487 |
Letônia | 487 |
Itália | 486 |
Espanha | 484 |
Luxemburgo | 482 |
Lituânia | 479 |
Croácia | 474 |
Grécia | 473 |
Rússia | 469 |
Dubai | 459 |
Israel | 459 |
Turquia | 455 |
Sérvia | 442 |
Chile | 439 |
Bulgária | 432 |
Uruguai | 427 |
Romênia | 427 |
Tailândia | 422 |
México | 420 |
Trinidad e Tobago | 414 |
Montenegro | 404 |
Jordânia | 402 |
Brasil | 401 |
Colômbia | 399 |
Cazaquistão | 399 |
Argentina | 396 |
Tunísia | 392 |
Azerbaijão | 389 |
Indonésia | 385 |
Albânia | 384 |
Catar | 373 |
Panáma | 369 |
Peru | 368 |
Quirguistão | 325 |
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