Uma série de quatro episódios vai dramatizar famosas composições do artista
DANILO CASALETTI
CASAL Vladimir Brichta e Alinne Moraes farão par romântico na série Amor em 4 atos
O primeiro deles foi batizado de Meu único defeito foi não saber te amar e tem como inspiração a canção Mil Perdões. O casal Lauro (Dalton Vigh) e Maria (Carolina Ferraz) vive uma crise no casamento. Um dos motivos é o ciúme que Maria tem da ex-mulher de Lauro, Dora (Gisele Froes). Em uma festa, Lauro, Maria e Dora, mais o namorado dela, Fernando (Dudu Azevedo), se encontram. O clima de comemoração acaba alterando o rumo da vida deles. A direção é de Roberto Talma e Tande Bressane.
Com direção de Tadeu Jungle, Ela faz cinema tem como fonte a canção homônima de Chico lançada pelo compositor em 2006. Uma nova cineasta (Marjorie Estiano) está empenhada em fazer um vídeo clipe da música Construção (também de Chico) interpretada por Arnaldo Antunes. Mas uma obra em um apartamento vizinho acaba com seu sossego. É nesse clima que ela conhece o pedreiro da obra, vivido por Malvino Salvador, por quem ela se apaixona.
Os terceiro e quarto episódios são ligados entre si e levam os nomes das canções Folhetim e As vitrines. Protagonizados por Vladimir Brichta, Camila Morgado e Alinne Moraes, eles contam a história de um triângulo amoroso repleto de encontros e desencontros. Esses últimos capítulos têm a direção do cineasta Bruno Barreto.
Além das centenas de canções feitas ao longo de mais de 40 anos de carreira, Chico já escreveu quatro livros: Estorvo (1991), Benjamim (1995), Budapeste (2003) e Leite derramado (2009). Em 2010, Chico ganhou o Jabuti 2010 de melhor livro de ficção do ano por Leite derramado. A escolha gerou polêmica. Um grupo se mobilizou na internet pedindo que o artista devolvesse o prêmio. A alegação era a de que Se Eu Fechar os Olhos Agora, livro do jornalista Edney Silvestre, deveria ser o vencedor, já que foi o primeiro colocado da categoria Romance, batendo o mesmo Leite Derramado, segundo no grupo. Chico não devolveu.
Abaixo, ÉPOCA selecionou cinco canções de Chico Buarque que certamente dariam uma grande história para a TV. Você concorda?
| Bom tempo – 1968 A história de um bom sujeito que, apesar da falta de grana, sabe viver a vida e aproveitar as coisas boas que ela oferece: o mar, o sol, o domingo de folga, a amada, o jogo do Fluminense no radinho de pilha. O retrato de muitos brasileiros. | |
| Atrás da porta, com Francis Hime – 1972 Após ser abandonada pelo grande amor, a personagem decide se vingar. “Dei para mal dizer o nosso lar/ Pra sujar teu nome, te humilhar”. Mas, no final, ela confessa que tudo o que queria era provar que ainda o amava. Puro dramalhão. | |
| João e Maria, com Sivuca – 1977 Histórias de amor também são feitas de sonhos. Nessa canção, a imaginação corre solta para criar um mundo de fantasia ao lado da mulher amada. Mas, no fim, a dura realidade: “Você sumiu no mundo sem me avisar.” | |
| Homenagem ao Malandro – 1978 A canção que faz parte da peça Ópera do Malandro, também de Chico, resgata a emblemática figura do malandro carioca. “Eu fui à Lapa e perdi a viagem/ Que aquela tal malandragem/ Não existe mais." Certamente um personagem para lá de interessante. | |
| O meu guri – 1981 Apesar de triste, é um retrato de muitos jovens brasileiros. Um menino que se perde pelo mundo do crime e acaba morto. Só assim, então, ele ganha “destaque” em um jornal. Detalhe para a data da canção: 30 anos atrás. |




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