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domingo, 13 de março de 2011

Radiação, calor, movimento: como as placas tectônicas provocam terremotos

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O que os pesquisadores sabem sobre a origem dos grandes tremores e o que estão fazendo para tentar diminuir os estragos e o número de mortes.

Mais uma vez, a ciência é pega de surpresa. Não previu o abalo que destruiu a cidade de Kobe, no Japão e deixou milhares de mortos. Veja o que os pesquisadores sabem sobre a origem dos grandes tremores e o que eles estão fazendo para tentar diminuir os estragos e o número de mortes.
A Terra é quente por dentro porque, em parte, ainda guarda um pouco do calor criado durante o seu nascimento, há 4,5 bilhões de anos. Mas, principalmente, porque sua massa contém materiais radioativos. A radiação acumula-se no interior do planeta e mantém as rochas derretidas, fazendo balançar a frágil casca rígida sobre a qual erguem-se os continentes e os oceanos. É como nascem os terremotos. A ciência sabe disso, mas não sabe como preveni-los. Um dos motivos é a escala gigantesca desses fenômenos.
O nome dessa casca é litosfera. Ela é fina e está toda rachada: é composta por cerca de 20 pedaços, chamados placas tectônicas. São formidáveis jangadas de pedra, flutuando sobre a massa interna. Quando dois pedaços dessa casca, resvalam um pouco, liberam de forma explosiva uma energia equivalente a milhares de bombas atômicas. As explosões são o motor dos terremotos.
Aqui você vai entender a origem das ondas de choque que destróem prédios, estradas e diques. E matam milhares de pessoas. Exemplos recentes dessa força foram o terremoto que arrasou Kobe no dia 17 de janeiro, matando cerca de 5 000 pessoas, aquele que destruiu Tangshan, na China, em 1976, deixando 240 000 mortes, o da Armênia em 1988, e também os terremotos violentíssimos do Japão, em 1992, e o da Bolívia em 1994, que não mataram porque atingiram regiões pouco habitadas .
Um dos passos importantes da ciência para conhecer os terremotos foi a construção da primeira “régua” para compará-los. Ela foi criada por Charles Richter (1900-1985), em 1935, e indica a quantidade de energia liberada em um terremoto. A escala começa pelos mais fracos já registrados. Por convenção, a eles foi atribuído o grau zero na força dos tremores. Depois, cada ponto indica um aumento de 30 vezes na liberação de energia. Indica também um aumento de dez vezes na magnitude do tremor.
A escala Richter não tem um limite superior, mas o mais violento terremoto já registrado mediu 9,2 graus e aconteceu no Japão, em 1992. A energia liberada em um terremoto desses equivaleria a uma bomba de hidrogênio de 20 000 megatons, um milhão de vezes mais poderosa da bomba de Nagasaki. O abalo de Kobe, no dia 17 de janeiro último, liberou 25 megatons. Tremores de 5 graus são considerados de leves a moderados, os de 6 graus, fortes, e os de mais de 7 graus, muito fortes.

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