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quinta-feira, 2 de junho de 2011

Trair ou não trair? O que angustia vários casais agora é tema de série de TV

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Jason e Debby casaram-se muito cedo. Ela esperava que, assim como a festa de casamento, a vida a dois fosse um conto de fadas. Mas Jason dedicava-se muito ao trabalho, passava muito tempo fora, o que a fez procurar o que fazer nas horas vagas – leia-se: festa.
Ace e Bethany também começaram jovens. Ela teve depressão pós-parto. Sem esperar, ficou grávida pela segunda vez. O resultado foi uma filha prematura, com problemas no pulmão e que exigia muita dedicação da mãe. E Bethany se afastou ainda mais do marido. Ace trabalhava em uma rádio, que acabara de contratar uma nova radialista – Christie, mãe solteira. Bethany se ofereceu para cuidar da filha de Christie, que visitava o casal diariamente. Ace e a nova colega começaram a se envolver emocionalmente…
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Nos dois casos, o resultado já era esperado: traição. É esse o tema da série Traidores, que começa na terça (7), às 22h, no canal de TV paga Discovery Home&Health, e as duas histórias pertencem ao primeiro episódio. De acordo com o psiquiatra Flávio Gikovate (que palestrou na apresentação da série à imprensa), Debby é do tipo egoísta, “cafa”, não sente remorso. Já Ace é o bonzinho, sente culpa, doa-se e tem freios morais – mas, em momentos críticos ou propícios, também pode trair.
Dados interessantes apresentados na série: há infidelidade em 8 a cada 10 casamentos e 68% das mulheres dos EUA admitiram que teriam um caso se soubessem que não seriam descobertas
Não vou me ater aos tipos de traidores. Tem algo mais interessante sobre sexualidade que Gikovate conta. Segundo ele, a maioria dos casamentos duradouros – com 20 a 50 anos – já envolveu caso (ou casos) de traição. “Um casamento de 50 anos muito provavelmente teve todos os tipos de contratempos (incluindo traição)”. Quem vai discordar? Ele também diz que todos os homens desejam outras mulheres (ou quase todas), uma vez que o desejo masculino vem mais da percepção visual (= homem olha MESMO para todas as mulheres)…
Agora, vamos ao sexo. Ele é totalmente pessoal/individual, já que o toque nas zonas erógenas começa ainda bebê. Adulto, o indivíduo já pode levar isso às últimas consequências, ou seja, atingir orgasmo sozinho, sem qualquer ajuda externa – ainda que ela possa existir. A maior prova disso, segundo Gikovate, é que a gente fecha os olhos na hora do prazer de verdade, numa atitude quase que “se dane o outro”!!! rs
Já que o sexo é individual, então vamos deixar de possessivos, certo? Não, na opinião do psiquiatra. Para ele, o casamento aberto, que surgiu no começo dos anos 60, veio para animar a relação de pessoas que, àquela época, haviam casado virgens (ou praticamente virgens). E, com o advento da pílula anticoncepcional, poderiam incrementar sua vida sexual com a presença de outros – daí também surgiram as casas de swing. “Nunca foi pra frente, mas nunca desapareceu totalmente”, diz o médico. “O sexo é livre até a hora em que alguém se apaixona: a relação ou termina ou, à medida do tempo, acaba o interesse”. Da mesma forma, ele acha que o sexo em si é muito repetitivo, o resto está no imaginário das pessoas. Por isso não vê futuro no sexo casual.
Considerando que o Dr. Gikovate defende, e vive, uma cultura monogâmica, sua tese é compreensível. A simples admissão do conceito da traição já indica que ele considera uma falha moral estar com um e outros ao mesmo tempo. Mas nem todo mundo tem que concordar com ele…
Diante disso, pergunto ao leitor: sexo casual, casamento fiel, casamento aberto, casas de swing, poligamia ou uma relação em que a lealdade se sobrepõe à fidelidade, o que é melhor para construir uma relação sincera e duradoura? Comente e siga o Sexpedia no Twitter

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