Pages

 

sábado, 15 de outubro de 2011

Elas estão atacando, e os homens estão… fugindo? Será mesmo?

0 comentários

Amizade colorida, com Mila Kunis e Justin Timberlake
Ontem eu li a coluna do Walcyr Carrasco (para assinantes) na Época e fiquei pensando… Ele fala sobre a geração de  mulheres que já ‘aprendeu’ a fazer sexo casual, sabe bem o que quer e exatamente o que não quer. Não é a primeira vez que vejo um homem falando que seus similares estão mortos de medo dessas mulheres.  O Ivan Martins já escreveu sobre isso também, reclamação de um amigo dele: “ocorreu uma mutação que transformou as mulheres em bichos masculinizados. Elas não querem proximidade, intimidade, compromisso”. “Bichos masculinizados” seria a expressão correta?
• Leia mais sobre sexo
• Leia mais sobre comportamento
• Leia o último post: Qual é a sua posição preferida?
Prefiro a forma como Carrasco encara a questão. Não é um problema, longe disso, é uma realidade. O “amigo” do Ivan quase se lamenta, Carrasco quase tira sarro dos homens. “Como as sinhás do passado, agora são eles que se ruborizam, tremem e não sabem o que fazer diante de uma investida”, afirma o escritor. E, mais: ”Agora tudo mudou. A mulher não só descobriu o sexo casual. Também aprendeu a dar cantada. E se permite um comportamento que já foi caracteristicamente masculino. Em resumo: quando quer, vai à luta. Sem meias palavras”, ele diz.
Não é para tanto. Essa não é a realidade da maioria das mulheres. Muitas podem se sair bem numa “noite de sexo e nada mais”, mas conheço muito mais das que preferem o conforto da relação estável, da certeza de ter alguém por perto, da forma mais tradicional e careta do casamento. São muitas mesmo, ainda que algumas se fechem para as relações – ou se entreguem a outras fadadas ao fracasso. Filmes recentes como Sexo sem compromisso e Amizade colorida falam exatamente sobre o tema: a relação que começa só com sexo e degringola. Nunca dá certo pensar só em sexo. Com raríssimas exceções, o ser humano precisa de carinho, afeição. E isso só se consegue com compromisso, parceria ou lealdade.
Me parece que os homens sentem medo porque estão perdendo um espaço cativo e que, acredito, não foi sempre deles. E não precisa nem ir muito longe, a revolução sexual dos anos 60 (eu falo um pouco sobre isso aqui) nos mostra que as mulheres de hoje estão muito atrás do que foi feito há 40/50 anos. Nossos pais sabem mais sobre liberdade sexual que a gente. É uma vergonha. Nenhuma mulher precisa se transformar em homem para se sentir livre. E nenhum homem deveria ter preconceito se a mulher faz sexo oral, se gosta de anal ou se transou ou não na primeira noite. Mas infelizmente eu ainda escuto esse tipo de coisa. Uma pena.
O que você pensa a respeito? Comente, assista ao trailer dos dois filmes, siga o Sexpedia no Twitter e visite nossa página no Facebook.
16 comentário

Nenhum comentário:

Postar um comentário