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domingo, 23 de outubro de 2011

O sexo está condicionado a fatores sociais, e não só biológicos

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Como vocês podem ver no pé da foto, ela é do maxsteelinleather – Flickr
Acabei de ler o resumo de um artigo científico que destrói alguns estereótipos do comportamento sexual construídos a partir das diferenças físicas entre o homem e a mulher. Ele casa bem com o que eu falei na semana passada, sobre a geração de mulheres que, dizem, está avançando sobre os homens. A conclusão é que o comportamento sexual depende muito mais de fatores sociais (ambiente, educação, ideologias, status social) do que biológicos (ex: o homem é mais forte que a mulher, portanto deve dominá-la sexualmente).
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O estudo, publicado na última edição do Current Directions in Psychological Science, da Association for Psychological Science, lembra que a literatura científica mais que destrinchou as diferenças entre os gêneros. No entanto, poucos trabalhos examinaram, na prática, em quais condições essas diferenças podem ser eliminadas. A pesquisa liderada por Terri D. Conley, da Universidade de Michigan, diz que o sexo é uma delas. Terri desafia os mitos mais comuns sobre os papéis de homens e mulheres na cama.
A ideia que a motivou é velha, mas ainda vigora: “os homens são loucos por sexo e as mulheres são sexualmente pudicas”. “Acreditamos que essas descrições não retratam fielmente como os homens e as mulheres normalmente se comportam”, ela disse em entrevista a uma publicação de divulgação científica.
A relação, os desejos e o pensamento sexuais seguem os estereótipos de gênero? Nem sempre. A mulher gentil e delicada como uma flor, tímida na cama e controlada pelo homem existe. Mas não pode servir de exemplo – nem a mulher devoradora de homens. Para mim, isso significa diversidade; ainda bem.
Os fatores sociais – financeiros, profissionais, afetivos, psicológicos, de relações de poder, de identidade… – são mais importantes que diferenças simplistas de gênero quando se fala em sexo. Se as pessoas já fazem isso na prática, deveriam parar de disseminar mitos conservadores. Afinal, a gente não é bicho. Não é mesmo? Comente, siga o Sexpedia no Twitter e siga nossa página no Facebook.

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