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sábado, 8 de março de 2014

AS REDES VIRTUAIS E O SEU DIÁLOGO COM OS MOVIMENTOS SOCIAIS E OS ESPAÇOS DE SABER FORMAL.

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 http://img28.imageshack.us/img28/8640/pictopoordemsocial.pngDe acordo com Cláudio de Musacchio (2013), escolas do campo precisam recuperar sua hegemonia como local de excelência em construção de conhecimento. Para tanto, é preciso que ela se ajuste à nova ordem social e se estabeleça como uma instituição que vê o novo com bons olhos e estuda e incorpora em seu projeto políticos pedagógicos (PPP), visto que “educar é acima de tudo entender o que a sociedade espera da escola neste momento”. 
 
             Nesse contexto, as redes sociais trouxeram um novo viés aos movimentos sociais. As Escolas do Campo precisam se aliar rapidamente a essa nova estrutura de organização, implantar o uso das Redes Sociais na prática educativa para se sentir parte deste novo cenário social. A Escola deve sair do seu território limitado e entrar no mundo virtual, cujos professores e alunos devem acompanhar e, se possível, participar ativamente dos movimentos sociais, das relações existentes, das oportunidades que as redes sociais subscrevem. Pode ser por aí a grande recuperação da Escola como centro formador de opinião e inserção com o mundo globalizado. 
 
              As redes sociais imprimem uma nova dinâmica na relação entre os utilizadores e destes com a rede. Associadas a facilidades na criação e partilha de conteúdos, a novos consumos e estilos de vida a utilização das redes sociais requer novas e apuradas competências de seleção, processamento e interpretação da informação, o que representa um potencial pedagógico. 
 
               Paralelamente, os avanços das redes móveis têm vindo a complexificar os desafios criados, que vão muito para além da questão do acesso à tecnologia. Uma vez que as comunicações são parte central da atividade humana, o desenvolvimento deste tipo de tecnologia móvel, capaz de permitir a comunicação em qualquer parte e para qualquer parte, tem profundos efeitos sociais. Tem sido evidenciado que, os usos resultam da combinação das disponibilidades e necessidades e que, quanto maior for o grau de interação com a tecnologia, maior serão a capacidade dos indivíduos de se tornarem produtores ativos das práticas de utilização. Neste sentido, importa explorar as suas potencialidades da sua utilização pedagógica. 
 
               Segundo Costa (2002) os movimentos sociais tomam para si os desafios de construir uma escola pública democrática e de qualidade. Temos aí o ponto de partida das transformações que o processo educativo tenta promover a partir do questionamento de status quo que foram direcionados pelos Movimentos Sociais; onde a minoria busca seu espaço na sociedade excludente e perversa que tenta impedir o acesso ao conhecimento às classes sociais menos favorecidas economicamente. Assim, os debates promovidos pelos Movimentos Sociais, traçam uma nova história entre os brasileiros a cada dia. Todos nós somos sujeitos socio-históricos e devemos levar em consideração as transformações que sofremos no dia-a-dia com nossas relações interpessoais. 
 
             Pinho (2008) nos leva a refletir que ao alternar períodos na escola e na vivência de sua comunidade, o jovem constrói conhecimento no diálogo entre o saber cotidiano, fomentado na prática e no trabalho passado de gerações a gerações e o saber escolarizado;  desta forma, o trabalho com projetos tem muito a acrescentar aos jovens e educadores, pois possibilita uma interdisciplinaridade e uma implicação nas questões sociais onde pode ser visualizado o objetivo, meta e desenvolvimento de atividades em prol do bem comum e qualidade de vida. Isto é, promover o trabalho com projetos que envolvam a clientela da Educação do Campo com entrelace os Movimentos Sociais é possibilitar uma cidadania libertadora e preocupada com as mais diversas situações sociais do território. 
 
 
Não tem como desvencilhar a prática educativa das Tecnologias da Informação e Comunicação, pois a tecnologia já faz parte do cotidiano, apesar de algumas comunidades não terem acesso irrestrito às TICs,  e por isso o docente deve possibilitar a interação e viabilidade deste instrumento educativo no cotidiano escolar em especial para a clientela da Educação do Campo e dos Movimentos Sociais o que em muito ampliará o seu raio de competitividade. 
 
Por: Amilton Alves, Andrea Matos e Nara Silva

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